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Oposição pede afastamento imediato de Geddel

Parlamentares do PT e do PCdoB argumentam que Geddel só pôde agir contra o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero em razão do cargo que ocupa

Geddel: a petição pede que a Comissão de Ética da República tome providências urgentes (Ueslei Marcelino/Reuters)

Geddel: a petição pede que a Comissão de Ética da República tome providências urgentes (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 16h24.

Brasília - Após a abertura na Comissão de Ética de processo para apurar a conduta do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, a oposição pede ao órgão ligado à Presidência da República que recomende o afastamento imediato do ministro.

A reportagem teve acesso à petição feita por parlamentares do PT e do PCdoB, que argumentam que Geddel só pôde agir contra o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero em razão do cargo que ocupa.

Por isso, a petição pede que a Comissão de Ética da República tome providências urgentes. A ação será protocolada na tarde dessa terça-feira, 22.

Diferentemente do Judiciário, a Comissão de Ética não pode determinar o afastamento de Geddel, mas pode fazer uma recomendação ao presidente Michel Temer, além de uma censura pública.

Entretanto, o órgão se colocou em desfavor de Geddel ontem, quando a maioria dos conselheiros votaram pela abertura do processo.

A votação foi interrompida por um pedido de vistas, mas depois de recuo do ministro, ela foi retomada e concluída com unanimidade.

A petição pede ainda que a Comissão promova a realização de diligências, como a oitiva de Marcelo Calero e da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa.

O ministro da Cultura se demitiu na última sexta-feira. De acordo com Calero, o motivo foi a pressão que sofreu do titular da Secretaria de Governo para liberar um empreendimento imobiliário de luxo em Salvador no qual Geddel tinha comprado um apartamento.

Geddel nega as acusações, mas um processo para apurar o caso já foi aberto na Comissão de Ética da Presidência da República.

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