Brasil

Oposição pede a Motta sessão remota para votar anistia e pauta anti-STF na Câmara durante recesso

Articulação faz parte de mobilização conta as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala à imprensa no Senado Federal, em Brasília, em 17 de julho de 2025 (Mateus Bonomi / AFP)

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala à imprensa no Senado Federal, em Brasília, em 17 de julho de 2025 (Mateus Bonomi / AFP)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de julho de 2025 às 11h07.

Em meio ao recesso parlamentar, a oposição bolsonarista tenta articular uma reação institucional às medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro.

A deputada Caroline De Toni (PL-SC) protocolou nesta segunda-feira um requerimento para convocar uma sessão extraordinária remota na Câmara, com pauta exclusiva para votar três projetos.

Entre eles, o que concede anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023 e todas as manifestações que sucederam as eleições de 2022.

A ofensiva da deputada ocorre em meio ao agravamento da situação jurídica de Jair Bolsonaro e à crescente pressão da base aliada por uma reação institucional do Congresso. Desde a operação da Polícia Federal na última sexta-feira, Bolsonaro tem sido monitorado por tornozeleira eletrônica.

Além da anistia, a deputada quer pautar dois projetos que alteram a Lei do Impeachment para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro amplia as hipóteses de crime de responsabilidade por parte de ministros do STF, e o segundo busca impor prazos e critérios objetivos para a tramitação de pedidos de afastamento no Senado. Ambos fazem parte da ofensiva da oposição contra a Corte.

A tentativa de convocar uma sessão remota, em meio ao recesso parlamentar, tem como objetivo pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Na semana passada, parlamentares tentaram suspender as férias, pedido que foi negado pelo presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (União-AP)

Em reunião nesta segunda-feira, Bolsonaro cobrou mais protagonismo do Congresso e defendeu que a anistia seja votada como prioridade. O ex-presidente é esperado em comissões nesta terça-feira, que tem em sua pauta moções de repúdio a sua situação jurídica.

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroCâmara dos DeputadosSupremo Tribunal Federal (STF)Brasília

Mais de Brasil

Prioridade zero do PT é a reeleição do presidente Lula, diz Edinho Silva à EXAME

Haddad diz que reunião com secretário de Trump foi cancelada após articulação da 'extrema-direita'

Kassab condena apoio de Eduardo Bolsonaro ao tarifaço e ações dos EUA contra Moraes

Carla Zambelli será interrogada em Roma após 55 dias foragida