Eduardo Cunha: "A Casa vai funcionar. Quem estiver em obstrução, terá de marcar obstrução em plenário", disse o presidente da Câmara (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 20h08.
Brasília - O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse hoje (23) que a oposição não tem número suficiente para impedir que a Casa realize sessões e vote os projetos incluídos na pauta.
A oposição ameaça obstruir as sessões para forçar Cunha a se afastar da presidência da Câmara por causa das denúncias contra ele e das investigações de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
“Eles já obstruem as votações. Juntos, eles [partidos da oposição] não têm número suficiente [de deputados] para que a Casa pare de trabalhar. Não tem nenhum problema [a obstrução]. A Casa vai funcionar. Quem estiver em obstrução, terá de marcar obstrução em plenário”, afirmou Eduardo Cunha.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) informou que amanhã (24), às 12 horas, líderes de partidos de oposição vão se reunir na liderança do PPS, afim de traçar estratégias para forçar o presidente da Câmara a deixar o cargo.
De acordo com Ivan Valente, Cunha usa o cargo para dificultar o andamento do processo contra ele no Conselho de Ética.
Cunha acrescentou que já está “habituado” com as ações de alguns partidos da oposição contra ele e afirmou que cada um tem o direito de fazer seus protestos.
O presidente da Câmara disse ainda que não tem de avaliar apoio da oposição. Lembrou que os partidos de oposição tiveram candidatos à presidência da Casa e que não votaram nele. Segundo Cunha, não há diferença na campanha contra ele.
“Estou vendo a mesma campanha, dos mesmos adversários. Nada mudou.”
Em relação ao parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que pede o prosseguimento das investigações, Eduardo Cunha adiantou que o parecer deverá ser lido amanhã (24), duratne a reunião do Conselho de Ética, marcada para o inicio da tarde.
Conforme Eduardo Cunha, na semana passada, quando o parecer seria lido, ocorreram alguns equívocos, entre eles a convocação da reunião no horário da sessão da Câmara.
Segundo ele, seus advogados questionarão e recorrerão das medidas que ferirem seu direito de defesa.