Senadora Damares Alves recolheu assinaturas para dar início do colegiado (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 6 de maio de 2025 às 07h44.
A oposição no Congresso Nacional deve protocolar nesta terça-feira, 6, o pedido para instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pretende investigar denúncias de irregularidades envolvendo descontos nos benefícios pagos pelo INSS.
No fim de abril, uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou a existência de um esquema de descontos não autorizados feitos por sindicatos em aposentadorias e pensões.
A comissão mista tem a participação de deputados e senadores foi uma forma encontrada pela oposição para driblar a fila de CPIs da Câmara, que iria adiar o andamento desse colegiado.
A deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) afirma ter conseguido 182 assinaturas de deputados, o suficiente para permitir a abertura da comissão. No Senado, Damares Alves (Republicanos-DF) afirma ter conseguido 29 assinaturas, número que também seria o suficiente para o início do colegiado.
Ainda existe a possibilidade da retirada de assinaturas. Nesta segunda, o líder do Republicanos, Gilberto Abramo (SP), que havia assinado o requerimento, pediu para que seu apoio fosse retirado.
O governo vem argumentando junto a líderes e deputados com maior influência nas bancadas que já existe uma investigação em curso feita pela Polícia Federal, e que uma CPMI ou CPI serviria apenas para uso político contra o Palácio do Planalto.
Entre os partidos que fazem parte da base do governo, 11 deputados do MDB assinaram o requerimento, 11 do PSD, 13 do Republicanos, 14 do PP e um assinatura do PSB, do deputado Heitor Schuch (RS).
Apesar do recolhimento de assinaturas e de protocolar o pedido, a instalação de uma CPMI depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ler o requerimento de abertura em plenário. Ou seja, a comissão para investigação do INSS só seria aberta com a concordância de Alcolumbre.