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Oposição cobrará de Dilma explicações sobre vídeo

Por sua vez integrantes do PPS no Congresso defendem a anulação dos depoimentos feitos até aqui por representantes da estatal


	A Petrobras não se manifestou sobre o assunto
 (Pedro França/Agência Senado)

A Petrobras não se manifestou sobre o assunto (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2014 às 14h30.

Brasília - Integrantes da oposição vão cobrar explicações da presidente Dilma Rousseff sobre a participação de um assessor especial do governo na suposta trama de antecipação das perguntas aos depoentes da CPI da Petrobras no Senado.

O PSDB vai pedir, no início da semana, a substituição do ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, a quem o assessor especial Paulo Argenta, é subordinado.

De acordo com a revista Veja, ele seria um dos responsáveis pela elaboração de parte das perguntas encaminhadas aos representantes da Petrobras inquiridos na CPI.

"A grandeza dessa operação é supor que a presidente Dilma tivesse conhecimento. Se ela disser que não sabia, como é a prática desse governo, vai mostrar a sua falta de autoridade para comandar o País", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA). Os tucanos também vão pedir a substituição imediata do relator da CPI, senador José Pimentel (CE).

Por sua vez integrantes do PPS no Congresso defendem a anulação dos depoimentos feitos até aqui por representantes da estatal.

"Vamos exigir que a presidência da CPI e da CPMI da Petrobras determine a abertura imediata de investigação e adote providências para punir os responsáveis por mais essa farsa armada pelo PT e pelo governo da presidente Dilma Rousseff. Isso é clara obstrução da investigação, que em processos judiciais costuma render decretação de prisão preventiva", afirmou o líder da na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR). A oposição, contudo, boicota os trabalhos da comissão por avaliar que ela é controlada por governistas.

Procurado o presidente da CPI da Petrobras no Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), diz desconhecer a criação de um suposto esquema de antecipação das perguntas aos depoentes da comissão.

"O relator ou qualquer integrante da CPI tem direito de fazer as perguntas que entender e o direito de se posicionar. Eu vou ver o vídeo, vou analisar se houve alguma relação com algum funcionário da CPI, se fala de algum deles, e vê qual providência podemos tomar", afirmou o senador ao jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo ele só poderá tomar alguma medida após ter acesso ao vídeo.

"Não tenho conhecimento de nenhuma informação de que membro da CPI tenha passado informações para testemunhas. Na próxima segunda-feira (04) vou dar uma analisada para saber me posicionar. Não posso me antecipar nem dar resposta sem analisar antes o vídeo", afirmou o senador.

O assessor especial da SRI, Paulo Argenta, afirmou que não participou da elaboração das perguntas. "Não participei de nada. De elaboração nenhuma de perguntas. Nem vi acontece".

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que só iria se pronunciar após conversar com os integrantes do partido e da base aliada no Senado citados na reportagem. Mas afirmou não acreditar na veracidade do que foi revelado. "Não existem elementos suficientes para saber se é verdade. É apenas uma gravação".

A Petrobras não se manifestou até o fechamento desta edição. José Pimentel não ligou de volta ao jornal O Estado de S. Paulo.

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