A orientação do sindicato é pôr os coletivos nos horários de pico - entre 5h30 e 8 horas - e no fim da tarde - das 17 horas às 19 horas (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2013 às 15h18.
Recife - A Oposição Rodoviária de Verdade CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular, que trava disputa com a direção do Sindicato dos Rodoviários do Recife, anunciou nesta quinta-feira que os motoristas e cobradores em greve desde a segunda-feira, 1, na região metropolitana da capital de Pernambuco, porão os ônibus nas ruas na tarde desta quinta-feira com a porta traseira aberta para que os passageiros andem de graça.
O anúncio feito nesta quinta pelo líder da Oposição Rodoviária de Verdade CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular, Aldo Lima, deixa clara a disputa sindical por trás da paralisação.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários (ligado à Nova Central Sindical dos Trabalhadores), Patrício Magalhães, afirmou desconhecer esta orientação e que a Oposição Rodoviária de Verdade "não representa o sindicato e quer implantar o terror". A orientação do sindicato é pôr os coletivos nos horários de pico - entre 5h30 e 8 horas - e no fim da tarde - das 17 horas às 19 horas.
A categoria pede 33% de reajuste salarial e aumento do vale refeição de 160 para 170 reais. Sem consenso, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou dissídio coletivo na noite da terça-feira, 2, determinando o encerramento da greve, que considerou "abusiva". Concedeu 7% de reajuste e vale-refeição de 171 reais. Insatisfeita, a categoria manteve a greve.
Por meio de duas secretarias - Cidades e Articulação Social -, o governo do Rio iniciou nesta quinta-feira o papel de mediador, ouvindo todas as partes, incluindo a Oposição Rodoviária de Verdade, na busca de um acordo. Cerca de 2 milhões de passageiros foram prejudicados. O esquema de manter coletivos nos horários de pico não tem funcionado. Na manhã desta quarta, cerca de 80% dos coletivos deixaram as garagens, mas a maior parte deles estacionou em várias avenidas da capital pernambucana.