Brasil

Operários retomam obras no Maracanã após paralisação

Uma nova assembleia deverá ser realizada ainda nesta semana, na quarta ou na quinta-feira, para saber se os trabalhadores vão aceitar ou não a proposta de 11% de reajuste


	Funcionário trabalha na renovação do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro
 (Sergio Moraes/Reuters)

Funcionário trabalha na renovação do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro (Sergio Moraes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 10h24.

Rio de Janeiro - Um dia depois de promoverem uma paralisação de advertência, os operários que trabalham na reforma do Maracanã retomaram o expediente normal nesta manhã de terça-feira.

O retorno às atividades já estava previsto, sendo que os trabalhadores deverão entrar em acordo com o consórcio que administra as obras do estádio, cujos prazos de entrega estão no limite, pois o local será um dos palcos da Copa das Confederações, marcada para acontecer entre 15 e 30 de junho.

Na última segunda-feira, aconteceu uma nova reunião entre representantes do consórcio Maracanã 2014 e do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio (Sintraicp).

No encontro, o consórcio elevou a proposta de reajuste salarial para 11%, depois de os operários terem pedido por um aumento de 15%. Anteriormente, em uma reunião que terminou sem acordo, na última sexta-feira, foi oferecido uma elevação de 8% nos salários.

Uma nova assembleia deverá ser realizada ainda nesta semana, na quarta ou na quinta-feira, para saber se os trabalhadores vão aceitar ou não a proposta de 11% de reajuste feita pelo consórcio.

Os operários também reivindicam o pagamento de cesta básica de R$ 330, plano de saúde também para familiares, participação nos lucros de dois salários, além de hora extra de 100%. O consórcio Maracanã 2014 ofereceu, anteriormente, aumento de 8%, cesta básica de R$ 250 e bonificação de R$ 150.


Quando promoveram a paralisação na última segunda-feira, os trabalhadores não descartaram promover uma nova greve no Maracanã - seria a terceira, depois de uma em agosto (de cinco dias) e outra em setembro (19 dias) de 2011.

Palco das finais da Copa do Mundo de 2014 e da Copa das Confederações de 2013, o Maracanã contou com o início de uma das etapas mais importantes de sua reforma na última segunda: a instalação da polêmica lona de cobertura, que deveria ter sido concluída no ano passado.

No caso, a decisão de demolir a antiga cobertura para substituí-la pela nova lona tencionada encareceu a reforma em mais de R$ 200 milhões - hoje, o custo total do Maracanã está em cerca de R$ 860 milhões.

Está marcado para 24 de abril o primeiro "evento-teste" do Maracanã, que será um jogo fechado apenas para os trabalhadores da reforma.

O prazo limite de entrega do estádio à Fifa é o dia 24 de maio, visando a Copa das Confederações. Antes da competição, o local será palco do amistoso entre Brasil e Inglaterra, em 2 de junho.

Em meio a este processo complicado vivido antes da Copa de 2014 e do principal evento da Fifa antes do Mundial, a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) faz nesta manhã de terça-feira uma visita ao Maracanã. O local será palco da cerimônia de abertura e de encerramento da Olimpíada de 2016, no Rio.

Acompanhe tudo sobre:EstádiosGreves

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos