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Operários aceitam oferta e descartam greve no Maracanã

A decisão foi tomada nesta quinta durante assembleia realizada no interior do estádio, que será o principal palco da Copa do Mundo de 2014

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Rio - Depois terem promovido uma paralisação de advertência na última segunda-feira e no dia seguinte retomado o expediente normal após reivindicarem melhores salários e benefícios, os operários que estão envolvidos nas obras de reforma Maracanã, no Rio, descartaram de vez a possibilidade de entrar em greve. A decisão foi tomada nesta quinta durante assembleia realizada no interior do estádio, que será o principal palco da Copa do Mundo de 2014 e receberá três jogos da Copa das Confederações, marcada para acontecer entre 15 e 30 de junho deste ano. O local abrigará, inclusive, a final destas duas competições.

Até o acordo firmado nesta quinta-feira pela manhã, ainda existia o risco de greve no Maracanã, cujos prazos de entrega das obras estão no limite. Porém, por unanimidade, os trabalhadores aprovaram a proposta feita pelo consórcio responsável pela obra, que ofereceu reajuste salarial de 11%, cesta básica no valor de R$ 330, hora extra de 80% e dois salários de participação nos lucros.

"São ganhos relevantes. Quem consegue reajuste de 11% no Brasil? Vamos ter ainda R$ 100 de aumento na cesta básica e, numa situação em que 90% dos operários fazem hora extra, o valor passa de 50% para 80%", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada Intermunicipal do Rio (Sitraicp), Nilson Duarte, ao festejar o acordo entre as partes.

Duarte ainda garantiu que agora não há mais risco de novas paralisações acontecerem no Maracanã, depois da ocorrência de duas greves, uma de cinco dias em agosto de 2011 e outra de 19 dias em setembro do mesmo ano. Entretanto, ele cobrou empenho dos operários para o término das obras do estádio, que na última segunda-feira começou a receber uma lona da cobertura, cuja conclusão de sua instalação deveria ter acontecido no fim do ano passado. "Pedi muito a eles que assumam a responsabilidade de entregar a obra no prazo, não só pelo Rio de Janeiro, mas pelo Brasil. Todos vão se dedicar bastante", completou.


Na última segunda-feira, quando os trabalhadores promoveram a paralisação de advertência, representantes do Sitraicp e do consórcio Maracanã 2014 se reuniram e um acordo ficou mais próximo de ocorrer. E, nesta quinta, o sindicato confirmou que a proposta foi oficialmente aceita.

No encontro da última segunda, o consórcio formado pelas construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez elevou a proposta de reajuste salarial para 11%, depois de os operários terem pedido por um aumento de 15%. Anteriormente, em reunião que terminou sem acordo, na sexta-feira passada, foi oferecido uma elevação de 8% nos salários.

Com obras a pleno vapor, o Maracanã tem agendado para o próximo dia 24 de abril o seu primeiro "evento-teste", que será um jogo fechado apenas para os trabalhadores da reforma. O prazo limite de entrega do estádio à Fifa é o dia 24 de maio, visando a Copa das Confederações. Antes da competição, o local receberá o amistoso entre Brasil e Inglaterra, em 2 de junho.

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