Caos no Aeroporto Internacional King Shaka fez 600 torcedores perderem semifinal da Copa de 2010
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2012 às 11h58.
São Paulo - A Companhia de Aeroportos da África do Sul (ACSA na sigla em inglês), que venceu a licitação para assumir a administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos junto com a Invepar, foi responsável por um dos maiores fiascos da Copa do Mundo de 2010.
A companhia sul-africana era responsável, na época, pela administração de 11 aeroportos do país, incluindo os três aeroportos internacionais que serviram de porta de entrada para os turistas que compareceram ao evento.
Embora tenha concluídos as obras de modernização dos aeroportos, que custaram cerca de 4,3 bilhões de reais ao governo sul-africano, com sucesso, a ACSA deu uma derrapada grave na reta final.
Mais de 600 torcedores que possuíam ingresso para a semifinal entre Alemanha e Espanha perderam a partida graças a um congestionamento no Aeroporto Internacional King Shaka, em Durban
O aeroporto, que foi construído do zero especialmente para o evento e custou cerca de 1,8 bilhão de reais, protagonizou atrasos e desvios de voos poucas horas antes da partida decisiva, deixando os passageiros na mão.
Segundo a ACSA, o mau tempo, somado a um tráfego acima do esperado e à presença de jatos particulares que se recusaram a deixar o aeroporto, causaram o caos.
Para tentar minimizar os danos, a empresa se desculpou pelos transtornos e reservou a quantia de 400 mil rands (52 mil dólares) para indenizar os passageiros lesados.
A indenização foi considerada um insulto pelos passageiros que, em alguns casos, chegaram a gastar até 30 mil rands (3,9 mil dólares) em voos e ingressos para a partida.
A ACSA tem 10% de participação no convênio que deu o lance vencedor de 16,2 bilhões de reais pelo aeroporto de Cumbica. Os outros 90% são da Invepar, que representa os fundos Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), Petros (dos funcionários da Petrobras), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e a construtora OAS.