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Operação retira 51 pessoas de cracolândia no Rio

Houve troca de tiros entre a Polícia Militar, que dava apoio à operação, e traficantes da favela. Apesar do embate, ninguém ficou ferido e não houve prisões


	Viciados em crack nas proximidades de uma favela carioca: todos os acolhidos foram levados para uma central de triagem da prefeitura
 (Antonio Scorza/AFP)

Viciados em crack nas proximidades de uma favela carioca: todos os acolhidos foram levados para uma central de triagem da prefeitura (Antonio Scorza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 13h29.

Rio de Janeiro – Dois meses após traficantes terem “proibido” o consumo de crack na favela do Jacarezinho, a Secretaria de Assistência Social do Rio retirou hoje (12) 51 pessoas que estavam em cracolândias próximas à favela. Cinco são menores de idade.

A chegada das equipes foi tensa. Houve troca de tiros entre a Polícia Militar, que dava apoio à operação, e traficantes da favela. Apesar do embate, ninguém ficou ferido e não houve prisões. Na Avenida Dom Helder Câmara os policiais encontraram uma arma de brinquedo e pequena quantidade de crack.

Os usuários da droga estavam espalhados ao longo da avenida em barracos improvisados com pedaços de madeira e panos, que foram recolhidos por funcionários da limpeza urbana. Os agentes da assistência social encontraram vários cachimbos, que seriam usados pelos dependentes químicos.

A operação teve início por volta das sete horas da manhã. O horário escolhido foi estratégia para abordar com mais segurança os usuários de crack. “À noite eles usam a droga e, durante o dia, dormem. Por isso, nós marcamos essas operações para o início do dia, quando é mais fácil convencê-los”, destacou Claúdio Reis, coordenador da operação.

Todos os acolhidos foram levados para uma central de triagem da prefeitura. Os adultos vão para abrigos municipais. As crianças e adolescentes, caso seja comprovado a dependência química, irão para centros de reabilitação compulsórios.

Segundo a secretaria de Assistência Social, desde o início das operações de combate ao consumo de crack, em março do ano passado, foram feitas cem ações que resultaram em quase 5 mil pessoas acolhidas entre adultos crianças e adolescentes.

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