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Operação Lesa Pátria: PF deflagra operação contra suspeitos de financiar atos do 8 de janeiro

Para esta fase, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva

Operação Lesa Pátria: Segundo a PF, apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público, durante os atos, chegam R$ 40 milhões (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Operação Lesa Pátria: Segundo a PF, apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público, durante os atos, chegam R$ 40 milhões (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 07h54.

Última atualização em 8 de janeiro de 2024 às 08h13.

A Polícia Federal deflagra nesta segunda-feira, 8, a 23ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.

Para esta fase, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), 46 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.

As ações ocorrem nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal.

Segundo a PF, apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público, durante os atos, chegam R$ 40 milhões. As acusações são de crimes contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria é permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas.

Relembre

No dia 8 de janeiro de 2023, mais de cem ônibus foram fretados em diversas cidades do país para levar grupos de bolsonaristas para a capital federal, onde foi marcado um grande ato para questionar o resultado das eleições, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.

O grupo, que fazia uma manifestação de caráter golpista, invadiu e vandalizou os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Os manifestantes estavam concentrados no Quartel-General do Exército, em Brasília, antes de descerem em direção a Esplanada dos Ministérios. Vídeos divulgados na internet mostram policiais militares do Distrito Federal conversando com manifestantes bolsonaristas enquanto uma multidão invadia o Congresso Nacional.

Em meio a invasão, Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assumindo o controle da Polícia Militar do DF até o dia 31 de janeiro. Para o cargo de interventor foi anunciado Ricardo Garcia Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça. Pelo decreto, o governo federal assumirá todas as funções relativas a segurança pública do DF, mantendo o restante sob responsabilidade de Ibaneis. Ao anunciar o ato, Lula ainda culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro por estimular os atos realizados em Brasília:

— Esse genocida não só provocou isso, estimulou isso como, quem sabe, ainda está estimulando isso das redes sociais. Tem vários discursos do ex-presidente estimulando isso, estimulou a invasão nos três poderes sempre que ele pode.

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