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Operação da PM no Rio tem apoio de blindados da Marinha

Chefe da Polícia Militar adimitiu que cidade vive uma guerra; ação contou com 160 agentes

O blindado M113A1 é um dos modelos que a Marinha emprestou para a PM (Reprodução/Marinha do Brasil)

O blindado M113A1 é um dos modelos que a Marinha emprestou para a PM (Reprodução/Marinha do Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 17h00.

Rio de Janeiro – O chefe do Estado-maior da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Álvaro Garcia, informou que além dos seis tanques da Marinha brasileira que entraram na comunidade de Vila Cruzeiro, a polícia tem o apoio de mais seis veículos blindados na operação que ocorre no bairro da Penha, zona norte do Rio.</p>

Desde a manhã de hoje (25), a PM desloca blindados do Batalhão de Operações Especiais (Bope), blindados dos Fuzileiros Navais e viaturas da polícia e do Corpo de Bombeiros.

A PM montou nas imediações do Hospital Estadual Getúlio Vargas, uma base de operações com reforço médico para resgatar feridos e transportá-los para outras unidades. O clima na região é de muita tensão.

Segundo a polícia, 120 agentes do Bope e 40 homens do 16º Batalhão da PM, de Olaria, participam da operação. Garcia afirmou que os fuzileiros navais estão contribuindo apenas com os pilotos e co-pilotos dos veículos cedidos pela Marinha. As viaturas são carros de assalto, usados em guerras como a do Iraque e têm capacidade para 11 homens do Bope.

“Sabemos que aqui tem um reduto muito grande de marginais oriundos das facções criminosas”, afirmou Garcia destacando que a operação vinha sendo programada há muito tempo e que está calcada em informações do serviço de inteligência e em denúncias de que os criminosos expulsos das comunidades ocupadas pelas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estariam se reunindo no Complexo do Alemão, em uma comunidade vizinha a Vila Cruzeiro.

De acordo com o comandante, “A gente pretende dominar o território, prender esses elementos e posteriormente vamos pensar na instalação da UPP”, afirmou. Ele também admitiu que o Rio de Janeiro está em guerra, mas negou a necessidade de usar armas de maior porte.

Devido às baixas e avarias causadas nos blindados da polícia, o comandante afirmou que o apoio dos veículos da Marinha será justamente para recompor o quadro logístico nas operações. “É um tipo diferente dos nossos. Esses blindados não têm problemas de furar pneu, porque eles usam esteiras, então vai facilitar a nossa ação”, afirmou.

Garcia confirmou também que estão sendo convocados todos os policiais de folga e aqueles que trabalham internamente nos batalhões para reforçar ainda mais as ações que acontecem nas ruas.Na noite de ontem, os traficantes roubaram dois caminhões de eletrodomésticos e os colocaram atravessados nas vias de acesso à favela para impedir a entrada de policiais.

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