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Operação da PF mira vice-presidente da CBF envolvido em "caixa 2"

A investigação apura a prática de "caixa 2" na campanha eleitoral de Gustavo Feijó, também prefeito do município alagoano de Boca da Mata

Gustavo Feijó: o político foi preso na manhã desta sexta por posse ilegal de arma (Gustavo Feijó/ Facebook/Divulgação)

Gustavo Feijó: o político foi preso na manhã desta sexta por posse ilegal de arma (Gustavo Feijó/ Facebook/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 11h44.

Última atualização em 9 de junho de 2017 às 11h45.

São Paulo - A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira a Operação Bola Fora contra o vice-presidente da Confederação Brasil de Futebol (CBF) e prefeito do município alagoano de Boca da Mata, Gustavo Feijó (PMDB).

A investigação apura a prática de "caixa 2" na campanha eleitoral. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, a pedido do Ministério Público Eleitoral.

O presidente da Federação Alagoana de Futebol, e filho de Gustavo Feijó, Filipe Feijó, foi preso na manhã desta sexta por posse ilegal de arma. Vinte policiais federais da Superintendência Regional da PF de Alagoas participaram da operação.

De acordo com a PF, o material reunido na investigação será levado à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas, onde será analisado.

A investigação da PF começou depois que o estado de Alagoas foi citado na CPI do Futebol, que investiga supostas irregularidades em contratos assinados pela CBF para a realização de partidas da seleção brasileira.

Uma troca de e-mails entre o dirigente e o presidente da CBF, Marco Polo del Nero, dava indícios de que Feijó teria sido beneficiado em sua campanha

A partir do compartilhamento de provas com o Departamento de Polícia Federal, por meio do Requerimento n. 118/201579, a CPI do Futebol tomou conhecimento de milhares de dados contidos em um notebook utilizado por Del Nero e apreendido por ocasião da Operação Durkheim.

Após a análise dos milhares de e-mails, anexos, imagens e arquivos encontrados no material digital, a CPI identificou mensagens com indícios de financiamento de campanha não declarado à Justiça Eleitoral, em favor de Gustavo Feijó, então candidato às eleições municipais de Alagoas em 2012.

Feijó ocupou por muitos anos a presidência da Federação Alagoana de Futebol (FAF), assumindo o posto de vice-presidente da CBF em 2015.

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