Brasil

Operação da PF mira em Lobão e prende seu filho Márcio

Edison Lobão, ex-senador e ex-ministro, teria recebido propinas relacionadas a contratos firmados para a construção de usina hidrelétrica no Pará

Edson Lobão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Edson Lobão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de setembro de 2019 às 08h19.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 10, a 65ª Fase da Operação Lava Jato, chamada Galeria. A ação é realizada em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal e investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, Edison Lobão, ex-senador e ex-ministro, teria recebido propinas relacionadas a contratos firmados com empreiteira para a construção de usina hidrelétrica no Pará. Márcio Lobão, filho do ex-ministro, foi preso preventivamente no Rio.

Cerca de 70 Policiais Federais e 18 auditores cumprem ainda 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A Polícia Federal investiga ainda contratos de um grupo que atua no ramo de serviços ambientais com empresa de logística no ramo de combustíveis (responsável pelo transporte e logística do combustível dentro do território nacional e operações de importação e exportação de petróleo e de derivados).

A suspeita da PF é a de que os valores indevidos recebidos por Lobão teriam sido incorporados a seu patrimônio por meio de "transações sobrevalorizadas de obra de artes, inclusive em nome de laranjas, simulações de compra e venda de imóveis, simulação de empréstimos, depósitos fracionados em espécie e utilização de contas e transações financeiras no exterior".

Segundo a PF, o ajuste de pagamentos e a coleta das propinas teriam ficado a cargo de Márcio. Ele teria recebido mais de R$ 10 milhões do grupo econômico investigado e pela construtora envolvida, com intermediação de um ex-presidente da empresa de logística no ramo de combustíveis, diz a corporação.

O nome da operação, Galeria, remete às transações com obras de arte que teriam sido utilizadas como forma de dar aparência lícita aos valores provenientes de vantagens indevidas, diz a PF.

Até o publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados. O espaço está aberto para as manifestações.

Acompanhe tudo sobre:PrisõesMinistério PúblicoPolícia FederalPará

Mais de Brasil

Hugo Motta diz que Câmara vota IR na quarta mesmo sem acordo sobre anistia

Governo prevê repasse para universidades e agências federais 53% menor em 2026 do que em 2014

Ibama aprova simulação da Petrobras na Margem Equatorial, último passo para licença de exploração

Lula diz que reunião com Trump ocorrerá 'o mais rápido possível e vai correr bem'