Brasil

Operação da PF identifica desvio de R$ 65 milhões na Bahia

Operação apura um esquema de desvio de recursos federais e da pasta de Educação do município baiano de Jequié

Polícia Federal: equipe de 58 policiais federais e seis auditores da CGU cumprem 23 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão (Divulgação/Divulgação)

Polícia Federal: equipe de 58 policiais federais e seis auditores da CGU cumprem 23 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão (Divulgação/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 11h02.

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal, deflagrou hoje (5) a Operação Melinoe, que apura um esquema de desvio de recursos federais e da pasta de Educação do município de Jequié (BA).

Os investigadores, que levantam informações desde o ano passado, identificaram 35 funcionários-fantasmas designados para escolas da cidade, incluindo dois sobrinhos de uma ex-vereadora.

A empresa responsável pela contratação dos funcionários, que, segundo a investigação, teria ganhado a licitação de forma ilegal, recebeu da prefeitura, entre 2013 e 2017, R$ 63 milhões.

Do total, R$ 7 milhões foram provenientes de recursos federais destinados à educação, como precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental (Fundef).

Além disso, a fraude teria gerado um prejuízo adicional de R$ 1,5 milhão, quantia referente a recursos federais reservados a outras áreas.

Uma equipe de 58 policiais federais e seis auditores da CGU cumprem 23 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como arresto de bens, em Jequié, Jaguaquara e Salvador.

Entre as medidas cautelares impostas estão o afastamento das funções públicas dos investigados e o impedimento da empresa e de seus sócios de contratar ou renovar qualquer projeto com o Poder Público.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, fraude à licitação, associação criminosa e falsidade ideológica.

O nome da operação é uma referência à deusa grega dos fantasmas.

Acompanhe tudo sobre:BahiaCorrupçãoPolícia Federal

Mais de Brasil

Recuperação da popularidade de Lula perde fôlego e reprovação chega a 40%, diz Datafolha

Itamaraty entrega a autoridades italianas pedido de extradição de Carla Zambelli

Moraes diz em julgamento no STF que redes sociais permitem ações 'criminosas' contra crianças

MP do governo prevê mudança em cargos da Receita Federal com custo de R$ 12,9 milhões por ano