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Operação da PF ataca fraudes no FGTS em Santa Catarina

Investigadores têm como alvo o uso de documentos falsos para saques irregulares do benefício

Polícia Federal: esquema causou, apenas com os atestados já identificados como falsos até o momento, um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil à Caixa (Vagner Rosário/VEJA)

Polícia Federal: esquema causou, apenas com os atestados já identificados como falsos até o momento, um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil à Caixa (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 10h28.

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 6, a Operação Endemia, para combater fraude no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em Santa Catarina.

Os investigadores têm como alvo o uso de documentos falsos para saques irregulares do benefício.

Em nota, a PF informou que as investigações começaram há cerca de um ano, a partir de informações encaminhadas pelo Setor de Segurança da Caixa Econômica Federal.

"Durante a apuração, constatou-se que a quadrilha fornecia atestados médicos falsos de HIV e câncer para que usuários do esquema pudessem sacar o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em desacordo com as normas que o regem, caracterizando o crime de estelionato qualificado", informa a nota.

O esquema causou, apenas com os atestados já identificados como falsos até o momento, um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil à Caixa Econômica Federal. O dano pode se tornar maior a partir da análise dos elementos que estão sendo coletados na Endemia.

Cerca de 30 policiais federais, com apoio de 30 integrantes da Polícia Militar, cumprem dois mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Florianópolis (SC), bem como procedendo à localização e intimação de 11 investigados.

No inquérito policial, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de estelionato qualificado (art. 171, parágrafo 3º, do Código Penal) e formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal).

O nome da operação deriva de muitos dos atestados falsos identificados já terem sido utilizados anteriormente por pessoas que residem em uma mesma rua, situada na comunidade do Morro da Mariquinha, no centro de Florianópolis.

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