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Operação da PF apura desvios de mais de R$ 235 milhões no MS

O objetivo é combater uma organização criminosa que desviava recursos públicos

PF: grupo é acusado, entre outros crimes, de fraudar licitações e superfaturar obras (Divulgação/Divulgação)

PF: grupo é acusado, entre outros crimes, de fraudar licitações e superfaturar obras (Divulgação/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de novembro de 2017 às 10h31.

A 5ª Fase da Operação Lama Asfáltica, chamada de Papiros de Lama, foi deflagada na manhã de hoje (14) pela Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul.

O objetivo é combater uma organização criminosa que desviava recursos públicos. O grupo é acusado, entre outros crimes, de fraudar licitações e superfaturar obras.

"Há provas já existentes acerca de desvios e superfaturamentos em obras, direcionamento de licitações, uso de documentos falsos, aquisição ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados e pagamento de propinas a agentes públicos. Prejuízos causados pelo esquema ao Erário passam dos R$ 235 milhões", informa, por meio de nota, o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), que também participa da operação.

De acordo com a CGU, a operação desta terça-feira é decorrente da análise de materiais apreendidos em fases anteriores da Lama Asfáltica e de depoimentos de colaboradores que participaram do esquema delituoso.

Segundo o ministério, "os valores repassados por propina eram mascarados com diversos tipos de operações simuladas, de forma a dar falsa impressão de licitude ao aumento patrimonial dos integrantes da organização ou de dar maior sustentação financeira aos projetos".

Os policiais federais estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

As ações da PF ocorrem nas cidades de Campo Grande, Nioaque e Aquidauana, em Mato Grosso do Sul; e em São Paulo. Participam da operação mais de 300 pessoas, entre policiais federais e auditores da CGU e da Receita Federal.

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