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Operação contra estelionatários deixa 14 presos no Rio

A ação foi desencadeada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que atuaram em diversos pontos da Baixada e da capital


	Presos: criminosos beneficiavam-se de correntistas, fazendo saques com senhas das vítimas
 (Getty Images)

Presos: criminosos beneficiavam-se de correntistas, fazendo saques com senhas das vítimas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 14h52.

Rio de Janeiro - Catorze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira, 2, durante a Operação Barão de Mesquita para o cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão para capturar envolvidos em crimes de estelionato, falsificação e fraudes em agências bancárias na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense.

A ação foi desencadeada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que atuaram em diversos pontos da Baixada e da capital.

Os criminosos, segundo o MP-RJ, beneficiavam-se de correntistas dos bancos, fazendo saques com as senhas das vítimas ou direcionando pagamentos em postos de gasolina para as contas da quadrilha.

Ainda de acordo com o MP-RJ, as investigações da polícia mostraram que os criminosos agiam de diferentes formas. Em uma delas, de posse de cartões e senhas das vítimas, faziam saques em agências bancárias, que posteriormente eram contestados pelos reais titulares das contas.

Os integrantes da quadrilha também "possuíam conhecimento e destreza na prática de substituir máquinas de cartões de crédito de postos de gasolina", informou o MP-RJ. Os pagamentos, então, eram creditados em uma máquina pertencente ao grupo. Quando eram os próprios integrantes da quadrilha a comprar ou pagar algo no posto de gasolina com a máquina trocada, eles conseguiam cancelar o pagamento.

"O produto dos golpes era utilizado principalmente na aquisição de bebidas, cigarros, alimentos, motos, joias, carros, jet-ski e aluguel de casas, além de festas e passeios de veraneio - 'o que traduz a vantagem ilícita dos envolvidos e o prejuízo das vítimas dos golpes'", informou o MP-RJ, citando trecho da manifestação da promotoria contra o grupo.

Os criminosos, segundo as investigações, fazem parte de "um círculo de amizade" e não tinham qualquer receio em expor nas redes sociais, "em especial no Facebook", "as regalias obtidas com as atividades ilícitas".

Durante a ação, os agentes apreenderam grande quantidade de material, como documentos falsificados, carteiras de trabalho, computadores, notebooks, dinheiro, joias, além de um carregador de munições para pistola.

A operação foi do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ e da 52ª Delegacia de Polícia Civil (Nova Iguaçu), com apoio de todas as unidades policiais da Baixada, algumas delegacias da capital e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

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