Ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni (Adriano Machado/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 27 de julho de 2021 às 08h15.
O novo Ministério do Emprego e da Previdência — que já abocanhou o maior orçamento do governo, acima de R$ 700 milhões — será cenário de uma forte competição por cargos.
A pasta que será liderada pelo atual ministro da Secretaria de Governo, Onyx Lorenzoni, vai abrir 202 vagas relevantes, que podem ser usadas para acomodar indicações políticas.
A expectativa é que o novo ministério seja usado para nomear aliados do presidente Jair Bolsonaro, especialmente os indicados do chamado Centrão, grupo de parlamentares alinhados com o governo no Congresso.
O Ministério terá ainda 27 superintendências regionais do trabalho nas unidades da federação, além de cinco superintendências e 104 gerências executivas do INSS no país. São posições que tendem a ficar à disposição do senador Ciro Nogueira (PP-PI), futuro ministro da Casa Civil e uma das lideranças do Centrão.
Do total de cargos que serão abertos, o ministro prometeu manter a equipe técnica responsável pelas áreas trabalhista e previdenciária em Brasília, o que significa um total de 60 vagas, além de seis cargos da Dataprev (estatal de processamento de dados do governo).
Na prática, seria apenas a transferência de vagas do Ministério da Economia a outra pasta. Não há, porém, garantia de que o ministro vá manter os nomes atuais nos postos.