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Onyx nega negociação de ministérios em troca da reforma da Previdência

Planalto tem resistido a negociar cargos com os partidos, especialmente de primeiro escalão, alegando que não fará política assim

Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, chamou de "fake news" as informações de que o governo poderia negociar ministério com o centrão (José Cruz/Agência Brasil)

Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, chamou de "fake news" as informações de que o governo poderia negociar ministério com o centrão (José Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2019 às 18h33.

Brasília — O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou que o governo tenha prometido ministérios a partidos que fechassem questão pela reforma da Previdência e, por meio de sua assessoria, classificou as informações, que mexeram com o mercado nesta quinta-feira, de "fake news".

Informações de que o governo estaria disposto a entregar ministérios para os partidos do chamado centrão - especialmente PP, PR e PSD - no caso das siglas fecharem questão a favor da reforma levaram à queda do dólar e dos juros futuros. A confiança de que um acordo com os partidos facilitaria a aprovação da reforma da Previdência levou otimismo ao mercado, mas não se confirmou.

A cotação, que oscilava em torno da estabilidade por volta de 15h30, rapidamente passou a cair 0,76 por cento, por pouco não caindo abaixo de 3,90 reais. No fim do dia, porém, o mercado reduziu o ímpeto, e o dólar fechou em baixa de 0,11 por cento, para 3,9298 reais na venda.

O Planalto tem resistido a negociar cargos, especialmente de primeiro escalão, com os partidos, alegando que não fará política dessa forma. O presidente Jair Bolsonaro defende que o governo não terá uma base parlamentar, mas "maiorias ocasionais", em torno de temas que serão votados.

O formato, no entanto, tem levado o governo a enfrentar dificuldades para a tramitação da reforma no Congresso e viu a votação da proposta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ser adiada para a próxima semana com a oposição se aliando ao centrão para criar dificuldades na comissão.

Apesar de avaliar apenas a constitucionalidade da proposta, a CCJ tem sido alvo de embates sobre o mérito da reforma, e o relator da matéria, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), já admitiu fazer modificações para tentar aprovar o relatório na próxima semana.

Apesar de conversas iniciais do presidente Jair Bolsonaro com líderes de partidos mais inclinados a aprovar alguma mudança na Previdência, nenhum deles até agora se comprometeu a fechar questão na votação. Ao mesmo tempo, a maioria exige modificações substanciais em temas como Benefício de Prestação Continuada e aposentadoria rural para votar a Previdência.

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