Imagem de arquivo de Onyx Lorenzoni: futuro ministro da Casa Civil negou acusações (Valter Campanato/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 14 de novembro de 2018 às 10h51.
Última atualização em 14 de novembro de 2018 às 10h58.
O ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, negou hoje (14) que tenha sido beneficiado com um segundo repasse da JBS, em 2012. Ele reconheceu que houve, sim, um repasse em 2014, e disse ter admitido o erro publicamente. De acordo com o ministro, a informação veiculada na imprensa nesta quarta-feira (14) tem a intenção de desestabilizar o governo eleito Jair Bolsonaro.
"Não é a primeira vez que tentam me envolver em episódios de corrupção", afirmou Onyx, após café da manhã com Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Sou um combatente da corrupção. Faz um ano que tentam destruir Jair Bolsonaro. Qual foi a resposta da sociedade? Uma vitória esmagadora."
O jornal Folha de S. Paulo publicou hoje reportagem, informando que planilhas da JBS, detalham um suposto repasse, no valor de R$ 100 mil, para Onyx. É este repasse que o ministro negou ter recebido. No ano passado, ele confirmou ter recebido caixa 2 da empresa e disse ter sido "um erro".
Na entrevista desta manhã, Onyx fez uma declaração, sem perguntas. Ele criticou duramente o jornal e disse que há uma articulação que "não dá trégua" ao governo Bolsonaro.
"No governo [eleito] não teve trégua. Todo dia teve alguém nos batendo. Não vão nos fragilizar. O que desejo é fazer uma transformação verdadeira do Brasil", afirmou o ministro. "Vamos enfrentar com altivez qualquer tentativa de nos envolver com corrupção. Somos combatentes da corrupção."
Onyx diz ter tatuado no braço o versículo bíblico, que está no livro de João (8:32): "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Segundo ele, é uma recordação do erro do recebimento do dinheiro da JBS em 2014 e seu reconhecimento para evitar novos deslizes.