Brasil

ONS tem perspectiva de represas do Sudeste a 17%

No Nordeste o patamar poderá ficar em 12 por cento, afirmaram fontes do setor


	Vista da marca d'água no lago da represa hidrelétrica de Furnas em Mina Gerais
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Vista da marca d'água no lago da represa hidrelétrica de Furnas em Mina Gerais (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2014 às 15h47.

Rio de Janeiro - O Operador Nacional do Sistema (ONS) tem perspectiva preliminar de que o nível das represas de hidrelétricas da região Sudeste no final de novembro será de 17 por cento, enquanto no Nordeste o patamar poderá ficar em 12 por cento, afirmaram fontes do setor próximas do assunto nesta quinta-feira.

A expectativa preliminar do ONS é que as chuvas no Sudeste fiquem entre 62 e 65 por cento da média histórica para o mês e que, no Nordeste, a pluviosidade poderá ser de 56 por cento da média, disse uma das fontes.

O ONS discute com agentes do setor elétrico o panorama de operação da infraestrutura elétrica brasileira para novembro em reunião que começou nesta quinta-feira e deve ser concluída na sexta-feira, com a divulgação das projeções oficiais reunidas no relatório Programa Mensal de Operação (PMO).

Atualmente, o nível dos reservatórios das hidrelétricas no Nordeste está a 16,46 por cento de armazenamento, e no Sudeste, a 19,54 por cento.

No Sudeste, o nível é pior que o registrado ao final de outubro de 2000, ano pré-racionamento, e especialistas do setor tem alertado que há grande risco de racionamento em 2015 se não chover perto das médias históricas durante o período úmido.

Segundo a mesma fonte, a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, está com sua segunda fase totalmente desligada pela falta de chuvas e o rio São Francisco está tendo vazão poupada pelo seu baixo nível, afetando a geração das hidrelétricas nele localizadas.

A perspectiva preliminar do ONS é que o fenômeno El Niño, que ajuda na formação de chuvas, se manifeste de maneira fraca no início do período úmido e que se intensifique entre os meses de novembro e janeiro, disse a fonte.

Uma segunda fonte que acompanha informações da reunião disse que dados preliminares apresentados nesta quinta-feira não tendem a sofrer grandes alterações até a divulgação das perspectivas oficiais na sexta-feira.

Atendimento da Ponta e Preço

"A expectativa para novembro é de que as chuvas comecem ruins, mas vão se recuperando a partir da segunda quinzena. O preço de energia ainda deve ficar no teto", disse a segunda fonte, ligada a uma comercializadora de energia elétrica.

O preço de energia de curto prazo está no patamar máximo permitido para o ano, de 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), diante do momento crítico das represas e da forte geração térmica para suprimir o déficit de geração das hidrelétricas.

Uma terceira fonte, presente na reunião desta quinta-feira, disse que uma das preocupações apresentadas pelos agentes do setor elétrico no encontro foram relacionadas ao atendimento do consumo de energia nos horários de pico de consumo, quando é exigida maior potência das hidrelétricas.

Ele disse que o ONS assegurou aos agentes que haverá maior disponibilidade de térmicas para reforçar esse atendimento em novembro, já que um menor número dessas usinas estará em manutenção na comparação com outubro.

No futuro, no entanto, especialistas do mercado elétrico têm dito que provavelmente terá que haver aumento da geração hidrelétrica para ajudar a atender o crescimento natural do consumo de energia elétrica do país nos períodos meses mais quentes de verão, geralmente janeiro e fevereiro.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasEletricidadeEnergiaEnergia elétricaONSSecasServiços

Mais de Brasil

Como emitir nova Carteira de Identidade no MT: passo a passo para agendar online

Com Marçal mais "comedido" e críticas a Nunes, candidatos focam em propostas em debate do STB

Oferta de moradia: Governo de São Paulo deseja adquirir quase 6 mil imóveis no centro da capital

Ensino no Brasil não prepara crianças para mundo do trabalho com IA, diz executivo do B20