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ONS eleva previsão sobre nível de reservatórios

O armazenamento dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste devem aumentar para 28,2%


	Cantareira: uma semana atrás, os reservatórios armazenavam o equivalente a 20,36% da capacidade
 (Nelson Almeida/AFP)

Cantareira: uma semana atrás, os reservatórios armazenavam o equivalente a 20,36% da capacidade (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2015 às 13h50.

São Paulo - As previsões de chuva e, consequentemente, da Energia Natural Afluente (ENA) na Região Sudeste melhoraram no decorrer da última semana. O Operador Nacional do Sistema (ONS) elétrico divulgou nesta sexta-feira, 06, que a previsão desse indicador para o mês de março foi elevada de 69% para 75% da média de longo termo (MLT).

Com isso, a projeção para o nível dos reservatórios na Região Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento do País, foi elevada de 27,1% para 28,2%.

O número considera a projeção estimada para o último dia do mês e indica uma expansão de mais de sete pontos porcentuais em relação ao atual nível de 21,03%. Uma semana atrás, os reservatórios armazenavam o equivalente a 20,36% da capacidade.

Analistas acreditam que o volume de chuvas na Região Sudeste entre os meses de março e abril deve proporcionar um ENA de no mínimo 70% da média histórica para que o risco de racionamento de energia em 2015 seja descartado.

Para que a região tenha condições de suportar o período de estiagem, até novembro, os reservatórios da Região Sudeste precisariam atingir a marca de 35% da capacidade no final de abril.

A situação mais otimista no Sudeste e Centro-Oeste não se repete no Nordeste, onde os números de água armazenada são preocupantes. O ONS manteve em 39% da média histórica a previsão de ENA para o mês de março.

Em relação ao nível dos reservatórios ao final do mês, por outro lado, a estimativa foi reduzida de 22,5% para 21,8% da capacidade total. Ontem, os reservatórios operavam com 19,07% da capacidade.

O volume de chuvas e o nível dos reservatórios estão em patamares mais confortáveis nas Regiões Sul e Norte. No Sul, onde a ENA desde o início do ano tem superado a média histórica, a previsão para março é de um indicador equivalente a 139% da MLT, abaixo dos 152% da média previstos na sexta-feira passada.

No Norte, o número previsto para o mês é de 77% da média histórica, estável em relação à semana passada.

Confirmadas tais projeções, o nível dos reservatórios no Sul apresentará queda, oscilando dos atuais 50,25% para 44,4% ao final de março. No caso da região Norte, o número subiria dos atuais 31,33% para 71,9% no dia 31 de março.

Custos

O ONS também anunciou hoje uma redução no custo marginal de operação (CMO) para a semana entre 7 e 13 de março. O CMO é um balizador do preço de liquidação das diferenças (PLD), número que determina os preços praticados no mercado de curto prazo.

O CMO para as Regiões Sudeste e Sul foi reduzido de R$ 1.331,34/MWh na semana passada para R$ 1.256,26/MWh nesta sexta-feira, uma variação de 5,6%.

O número continua abaixo do limite de R$ 1.420,34/MWh considerado o primeiro patamar de déficit estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com o custo da energia acima desse patamar, o consumo de energia deveria ser reduzido em 5%.

Nas Regiões Nordeste e Norte, o CMO também voltou a cair. No Nordeste, o indicador caiu de R$ 700,85/MWh para R$ 639,56/MWh, variação de 8,7%. No Norte a retração foi de 25,4%, em função da queda do CMO de R$ 462,98/MWh para R$ 345,50/MWh.

Carga

O ONS prevê que a carga crescerá 2,9% em março, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na semana passada, a previsão indicava alta de 3%.

O resultado será puxado basicamente pela Região Sul, onde a carga deve crescer 9,4% e ajudar no abastecimento da Região Sudeste.

A carga total prevista para março é de 68.312 MW médios, das quais 12.239 MW médios apenas da Região Sul.

A carga nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste também deve crescer, mas em menor proporção.

A variação esperada para o comparativo anualizado nas duas regiões é de 1,5% e 5,1%, respectivamente.

A carga na Região Norte, por outro lado, deve encolher 4% na base comparativa.

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