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ONG faz abaixo-assinado contra passagem para cônjuge

Campanha já tem 200 mil assinaturas; ONG pretende ainda fazer um "telefonaço" para a presidência da Câmara, com o objetivo de reverter benefício a deputados.


	O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 14h12.

Brasília - A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aprovar dispositivo que dá direito aos cônjuges de deputados a usar passagens aéreas pagas pela Casa, entre seus estados de origem e Brasília, tem mobilizado as redes sociais. Antes do meio-dia deste sábado (28) um abaixo-assinado virtual promovido pela Avaaz - organização não governamental (ONG) em prol de causas socais - já contava mais de 200 mil assinaturas.

A expectativa é que até terça-feira (3) a meta de 500 mil adesões seja atingida, e um "telefonaço" seja feito para a presidência da Câmara com objetivo de que a Casa desista de conceder o beneficio. A ONG também pretende colocar em painéis de destaque os nomes dos deputados que aceitaram o aumento da verba. Outra medida que está em estudo, segundo o coordenador de campanhas da Avaaz, Diego Casaes, é a possibilidade de entregar pessoalmente as assinaturas aos parlamentares.

“É no mínimo um abuso. Num momento de tantas dificuldades financeiras, em que o próprio Congresso quer votar medidas para diminuir orçamento em ministérios e de outras áreas do governo, como é que eles mesmos aumentam seus benefícios? Não dá para o brasileiro ficar em dificuldade, enquanto deputados legislam sobre seus próprios benefícios”, acrescentou Diego.

Anunciado na última quarta-feira (25), o pacote de medidas aprovado pela Mesa Diretora faz parte das promessas de campanha de Cunha para a presidência da Câmara. Além da novidade das passagens para cônjuges, o chamado "cotão" (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44 - o menor valor recebido por deputados, no caso, os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima, e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.

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