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OMS reitera pedido por testes virais nas águas do Rio 2016

O pedido da OMS vai na contramão do que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta semana


	Canal que deságua na Bahia de Guanabara: nesta sexta, a OMS negou que "tenha aconselhado contra testes virais" e reiterou seu apoio a medida, como já havia feito no início do mês
 (Getty Images)

Canal que deságua na Bahia de Guanabara: nesta sexta, a OMS negou que "tenha aconselhado contra testes virais" e reiterou seu apoio a medida, como já havia feito no início do mês (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 16h48.

Rio - A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou nesta sexta-feira seu pedido por testes virais nas águas do Rio de Janeiro que receberão eventos da Olimpíada de 2016. De acordo com a OMS, em entrevista a Associated Press, testes de vírus em locais como a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas são "aconselháveis".

O pedido da OMS vai na contramão do que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta semana. O diretor executivo das Olimpíadas, Christophe Dubi, descartou analisar amostras em busca de vírus, seguindo uma suposta orientação da própria OMS, de que os testes bacterianos já seriam o suficiente.

Nesta sexta, a OMS negou que "tenha aconselhado contra testes virais" e reiterou seu apoio a medida, como já havia feito no início do mês. "A OMS sugeriu ao COI que amplie sua base de indicadores científicos para incluir viroses", informara um comunicado da OMS, no dia 1º.

Testes para avaliar a presença de vírus nas águas cariocas também são cobrados por entidades esportivas. No dia 4, a Federação Internacional de Remo exigiu análises deste nível nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá os eventos de remo e canoagem velocidade nos Jogos do Rio, em 2016.

As entidades estão em alerta desde que a Associated Press publicou estudo no fim de julho apontando a presença de vírus nas águas da Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e na Praia de Copacabana, que também receberá eventos olímpicos no próximo ano.

De acordo com a análise encomendada pela AP, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais.

Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).

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