Aedes aegypti: "A epidemia está em uma fase descendente no Brasil. O mesmo acontece na Colômbia e em Cabo Verde" (Jaime Saldarriaga / Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2016 às 17h47.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que ainda é cedo para declarar que existe uma queda na incidência do vírus zika pelo mundo.
Em seu informe semanal publicado nesta quinta-feira, 28, a entidade afirmou que, apesar de o fenômeno perder força em algumas regiões, o alerta precisa ser mantido.
No início da semana, uma das diretoras da entidade apontou para a perda de força da epidemia no Brasil.
"A epidemia está em uma fase descendente no Brasil. O mesmo acontece na Colômbia e em Cabo Verde", declarou a subdiretora-geral da OMS, Marie-Paule Kieny, em Paris.
Nesta quinta-feira, sua declaração foi colocada em um outro contexto. "O vírus zika continua a se disseminar geograficamente para áreas onde o vetor competente está presente", indicou a OMS em seu novo informe.
"Apesar de haver uma queda nos casos de infecção do zika em alguns países, ou em algumas partes de alguns países, a vigilância precisa ser mantida em um nível elevado."
"Nesse estágio, baseado em evidências disponíveis, a OMS não vê uma queda generalizada do surto", apontou a entidade em seu comunicado.
Segundo a OMS, existem 1198 casos de microcefalia ou má-formação potencialmente associados com o zika no Brasil.
No total, 42 países já registraram o zika desde 2015. Desses, nove países registraram contágio pessoa a pessoa, além de 13 países onde os casos da Síndrome de Guillain-Barré aumentaram. Mas, na última semana, nenhum novo país registrou casos de transmissão entre pessoas.
Para a OMS, portanto, o alerta mundial continua válido e existe um consenso científico de que o vírus é o causador da microcefalia.