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Olímpio sobre Bebianno: "Uma pessoa da extrema confiança do presidente"

"Se procederem as acusações, não dá para continuar no time de confiança dele. Não posso fazer uma ilação", acrescentou o senador

Major Olímpio (PSL-SP): senador comenta escândalo que envolve, supostamente, Gustavo Bebianno (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Major Olímpio (PSL-SP): senador comenta escândalo que envolve, supostamente, Gustavo Bebianno (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 06h46.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 12h14.

Brasília - O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou na noite de quarta-feira, 13, que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, é uma "pessoa de extrema confiança" do presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar disse, no entanto, que caso as denúncias contra Bebianno tiverem procedência, não será possível sua permanência no "time".

Olímpio, uma das principais lideranças do PSL, falou durante evento de posse da nova diretoria do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, o Sindifisco, em Brasília.

"Se procederem as acusações, não dá para continuar no time de confiança dele. Não posso fazer uma ilação. É uma pessoa da extrema confiança do presidente. Eu como presidente do PSL em São Paulo não tenho nenhum senão a fazer, pelo contrário", afirmou Olímpio.

"Espero que (o problema) já se resolva e se esclareça para que não possa gerar uma crise de maior consequência".

Questionado se a ingerência dos filhos de Jair Bolsonaro no governo não o incomoda, respondeu que vê a questão com naturalidade. "Os filhos são parlamentares, têm vivência real na política e são da extrema confiança do pai. Têm um papel que transcende a questão familiar e são conselheiros de primeira hora do presidente. É absolutamente natural". Segundo Olímpio, é questão de dias para que cada um "vá se acomodando no seu papel".

O ministro Bebianno é alvo de denúncias desde que reportagem da Folha de S.Paulo apontou suposta candidata laranja do PSL nas eleições de 2018. Na época, Bebianno presidia o partido e teria sido o responsável pelo segundo maior repasse nacional do PSL à candidata, poucos dias antes da eleição.

Em entrevista à RecordTV, Bolsonaro disse que determinou à Polícia Federal e ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, a abertura de um inquérito para apurar acusações de que o PSL teria financiado candidaturas laranjas.

O presidente ainda disse que, caso seja comprovado que Bebianno esteve envolvido no suposto esquema do partido na última eleição, o destino do ministro será "voltar às suas origens".

 

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