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Segurança das Olimpíadas empregará mais que a Copa

Segurança dos Jogos Olímpicos de 2016 vai empregar um efetivo bastante superior ao adotado no último dia da Copa


	Policial militar monta guarda em Salvador, durante partida entre o Brasil e o México para a Copa do Mundo
 (Mario Tama/Getty Images)

Policial militar monta guarda em Salvador, durante partida entre o Brasil e o México para a Copa do Mundo (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 23h38.

Rio de Janeiro - O secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça (Sesge/MJ), Andrei Rodrigues, estima que o planejamento de segurança dos Jogos Olímpicos de 2016 vai empregar um efetivo bastante superior ao adotado no último dia da Copa do Mundo, quando trabalharam cerca de 20 mil profissionais das forças de segurança, incluindo os integrantes das Forças Armadas e da Guarda Municipal do Rio.

“Nós ainda não chegamos no número, porque não é o momento, o planejamento operacional vai ser definido em uma sequência posterior, mas tenho absoluta convicção que o efetivo empregado aqui para a segurança dos Jogos será várias vezes maior do que o empregado na Copa do Mundo”, revelou.

O secretário reconheceu que, embora o planejamento de segurança nos Jogos Olímpicos vai repetir o conceito de integração aplicado na Copa do Mundo, a preparação da competição terá que levar em consideração que as Olimpíadas têm um nível de complexidade diferente.

As Olimpíadas terão mais de 10 mil atletas e vão reunir 42 modalidades esportivas, em locais de disputas espalhados em toda a cidade do Rio de Janeiro.

Para ele, no entanto, a concentração da maioria dos atletas na Vila Olímpica, que está sendo construída na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, vai facilitar o planejamento, como também o transporte que será feito em vias de deslocamento por meio de veículos próprios e policiamento próximo a cada um deles.

“Esse, acho que talvez seja, um dos grandes desafios das Olimpíadas, que é garantir não só a fluidez do trânsito em razão dos horários de competição, mas a segurança de todos que vão participar da competição”, disse.

Rodrigues informou que o esquema trabalha com o conceito de rota segura.

“Segura, porque vamos estar atentos com policiamento reforçado, videomonitoramento, com tecnologia, com emprego do imaginador aéreo [equipamento de alta tecnologia, com capacidade de gravação e de transmissão de vídeo em tempo real, que pode ser instalado em helicópteros ou outras aeronaves]. A União comprou dois aqui para o Rio e vamos avaliar a necessidade de adquirir outros. Vamos fazer esse vídeo acompanhamento de todas as rotas, o policiamento reforçado e também os veículos policiais acompanhando esses ônibus de um lado para o outro constantemente”, disse.

A Sesge está coordenando o esquema de segurança que foi montado para o primeiro evento-teste organizado pelo Comitê Rio 2016. A Aquece Rio Regata Internacional de Vela 2014 reúne 320 atletas de 34 países, na Marina da Glória.

O windsurfista Ricardo Santos, o Bimba, que se classificou hoje (9) em sexto lugar na classe RS:X, disse que o evento é positivo para os atletas conhecerem as raias de competição que serão usadas nas Olimpíadas.

A única observação foi a regata feita no primeiro dia que ficou muito próxima do Pão de Açúcar e isso prejudicou as competições pela falta de vento.

O windsurf competiu nas raias da Praia do Flamengo e da Escola Naval. “Na nossa classe o evento foi bem legal”, disse.

O atleta está otimista com relação aos resultados que podem ser alcançados por brasileiros nos Jogos Olímpicos e ainda mais por estar em casa.

“É legal poder dar entrevista em português, porque lá fora raramente tem. E a família, meu pai e minha mãe vieram assistir a regata, meu irmão sempre ligando. Um contato que a gente tem. Lá fora ninguém quer incomodar muito, ninguém quer fazer ligação internacional. Todo mundo fica esperando alguma notícia no Facebook. Aqui o pessoal pega o telefone e liga. É uma energia positiva. A festa é sempre legal”, disse.

Bimba, que fez críticas à sujeira da Baía de Guanabara, disse que o maior legado que as Olimpíadas podem deixar é a limpeza do local.

“Você poder chegar aqui e ver a baía limpa é muito mais gratificante do que ver esgoto saindo, as praias cheias de sujeira. É cobrar dos políticos. Estou feliz com a notícia que vão ser investidos R$ 2 bilhões que eles querem limpar 80%, admito que está bem mais limpo do que estava antes. Em 2007 isso aqui estava um caos e agora já não tem tanto problema. Fiquei um pouquinho triste de ver, já sabíamos há cinco anos que as Olimpíadas vão ser aqui no Brasil e ainda há esgoto saindo aqui no nosso clube onde vai sair a regata, mas acho que vai dar tudo certo”, analisou.

O atleta chamou atenção também para a educação da população para a preservação da Baía de Guanabara.

“Pedir para a população parar de jogar lixo na rua. Não adianta a gente ficar reclamando de governo, reclamando de política e o carioca vai para a praia sábado e domingo e deixa o lixo lá e a Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana] tem que tirar toneladas de lixo todo final de semana. Esse é o principal lixo que vem boiando e entra na Baía de Guanabara e pega na nossa quilha (peça na parte inferior da da embarcação que se estende da proa à popa) e atrapalha a nossa regata. Então estou confiante e espero que o governo faça um bom trabalho e que a gente tenha uma Olimpíada de sucesso”, disse.

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