Paraisópolis: favela paulistana foi palco de tragédia na madrugada de domingo (1º) (Wikimedia/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 1 de dezembro de 2019 às 12h34.
Última atualização em 1 de dezembro de 2019 às 13h27.
São Paulo – Nove pessoas morreram pisoteadas em uma perseguição policial ocorrida na madrugada deste domingo (1º) em um baile funk na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Registros da Polícia Civil indicam que as vítimas foram pisoteadas depois de uma “ação de controle de distúrbios civis”, termo usado para se referir a prática de dispersar multidões. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, em nota enviada para a Exame, ao menos mais duas vítimas encontram-se em tratamento dos ferimentos no Hospital Campo Limpo e na AMA Paraisópolis.
A confusão teria ocorrido nas primeiras horas da madrugada, quando dois homens viajando em uma motocicleta atiraram contra policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) que realizavam a Operação Pancadão na região. Os agentes perseguiram os bandidos até o baile funk, o que gerou tumulto generalizado entre as mais de 5 mil pessoas que estavam no local.
Segundo a polícia, equipes da Força Tática foram acionadas para dar apoio na contenção, mas foram recebidas com pedradas e garrafadas.
Nas redes sociais, vídeos mostram que o local estava sendo frequentado, principalmente, por adolescentes e jovens adultos. Os registros também mostram que a primeira tentativa de socorro às vítimas foi feita pelos próprios frequentadores do baile funk. Duas viaturas foram depredadas.
No Twitter, o governador de São Paulo, João Doria, disse que lamenta as mortes e determinou uma rigorosa operação.
Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio.
— João Doria (@jdoriajr) December 1, 2019