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OEA não encontrou suspeita de vulnerabilidade de urnas

A chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) disse que não foram encontrados problemas

Urnas eletrônicas: missão de 40 pessoas acompanha o processo eleitoral brasileiro pela primeira vez (Bruno Kelly/Reuters)

Urnas eletrônicas: missão de 40 pessoas acompanha o processo eleitoral brasileiro pela primeira vez (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2018 às 15h55.

Última atualização em 7 de outubro de 2018 às 16h05.

Brasília - A chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, disse que as eleições brasileiras estão ocorrendo com tranquilidade e não foram encontrados problemas. Laura chefia uma missão de 40 pessoas que, pela primeira vez, acompanham o processo eleitoral brasileiro. Foram inspecionados 80 centros de votação em 12 estados.

"Temos observado um processo com bastante normalidade, que contrasta com a preocupação que existia na campanha. Não há relatos de problemas que chamem a atenção", afirmou, após visitar uma faculdade na Asa Sul, de Brasília.

Laura lembrou que a missão acompanhou todas as etapas da votação eletrônica, desde a inseminação e transporte das urnas até o dia de hoje, e que não foram encontrados problemas. "Não encontramos até o momento nenhum aspecto que gere suspeita sobre a possibilidade de vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", afirmou.

Para a observadora, o principal problema identificado nas eleições brasileiras foi a grande propagação de fake news. Segundo ela, até mesmo declarações de membros da missão foram utilizadas de forma distorcida. "O impacto da notícia falsa ante a população afeta não só os candidatos à Presidência como a credibilidade das eleições", completou.

Laura disse que, apesar de haver propagação de fake news em vários países, pelo tamanho do Brasil e pela penetração das redes sociais, o tema é "muito significante" no País.

A chefe inspecionou alguns locais de votação em Brasília, onde questionou mesários e eleitores sobre o processo, quantos votaram e problemas apresentados com a biometria. Um dos problemas relatados à missão foi atrasos por conta de dificuldades na identificação dos eleitores, mas ela disse que isso não impediu ninguém de votar.

Na segunda-feira, 8, a missão apresentará um relatório preliminar sobre a visita. Outra questão que será analisada é a baixa participação de mulheres na política brasileira.

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