Brasil

Odebrecht delata compra de imóvel para Instituto Lula, diz jornal

Segundo a Folha de S. Paulo, a revelação foi feita por três executivos na semana passada

Ex-presidente Lula em coletiva sobre acusações da Operação Lava Jato -15/09/16 (Fernando Donasci/Reuters)

Ex-presidente Lula em coletiva sobre acusações da Operação Lava Jato -15/09/16 (Fernando Donasci/Reuters)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 21 de dezembro de 2016 às 06h58.

Última atualização em 21 de dezembro de 2016 às 07h24.

São Paulo - Três delatores da Odebrecht confirmaram em depoimento na semana passada a compra de um imóvel na cidade de São Paulo para a construção de uma nova sede do Instituto Lula, informou a Folha de S. Paulo nesta terça-feira (21).

Segundo a publicação, a revelação foi feita por Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo; Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais; e Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias. O imóvel está localizado na Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, na região da Indianópolis.

Ainda na semana passada, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia em que o ex-presidente é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tornando Lula réu pela quinta vez.

Apesar de a nova sede não ter saído do papel, Moro aceitou a denúncia, sustentando que a falta de transferência na compra do imóvel não impede a acusação de corrupção.

À Folha, o Instituto Lula afirmou que não comenta "supostas delações" e que "delações não são prova, quanto mais supostas delações".

Terreno que delação da Odebrecht afirma ter sido destinado ao Instituto Lula

Terreno que delação da Odebrecht afirma ter sido destinado ao Instituto Lula (Google Street View/Reprodução)

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaMarcelo Odebrecht

Mais de Brasil

Maduro afirma que Edmundo González 'pediu clemência' para deixar a Venezuela

Volta do horário de verão pode gerar economia de R$ 400 milhões, diz ministro

Voa Brasil vende 10 mil passagens em dois meses; programa disponibilizou 3 milhões de bilhetes

Dino cobra de 10 estados relatório explicando as razões por trás dos altos indíces de incêndios