Brasil

Odebrecht exportou mais de US$ 3 bi a Angola, diz PF

A PF aponta indícios de que havia acerto prévio entre Marcelo Odebrecht, líder do grupo Odebrecht, e Palocci sobre a destinação dos recursos para Angola


	Odebrecht: de acordo com a investigação da Polícia Federal, mais de US$ 3 bilhões em valores exportados para Angola pela Odebrecht foram pagos com recursos do banco estatal
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Odebrecht: de acordo com a investigação da Polícia Federal, mais de US$ 3 bilhões em valores exportados para Angola pela Odebrecht foram pagos com recursos do banco estatal (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 13h36.

São Paulo - O delegado da Polícia Federal (PF) Filipe Hille Pace, responsável pela Força Tarefa da Lava Jato, afirmou que foram constatadas interferências, em 2010, do ex-ministro Antonio Palocci para aumentar a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada a apoiar as atividades de empresas brasileiras em Angola, na África.

De acordo com a investigação da Polícia Federal, mais de US$ 3 bilhões em valores exportados para Angola pela Odebrecht foram pagos com recursos do banco estatal.

A PF aponta indícios de que havia acerto prévio entre Marcelo Odebrecht, líder do grupo Odebrecht, e Palocci sobre a destinação dos recursos para Angola.

Outra acusação de interferência de Palocci apontada pela Polícia Federal se refere à exploração do petróleo na camada do pré-sal e à constituição da empresa Sete Brasil, onde a Petrobras tinha participação societária.

A Sete Brasil ficaria responsável pela construção dos navios sondas que participariam das licitações para exploração do pré-sal.

O delegado Pace afirmou que Marcelo Odebrecht e Palocci trocavam informações extraoficiais para se atualizarem sobre o andamento das operações da Sete Brasil e da exploração petroleira.

Palocci atualizava Odebrecht via Branislav Kaontic. Dessa forma, Odebrecht soube de convite para licitação do pré-sal antes da oficialização.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas brasileirasNovonor (ex-Odebrecht)Polícia Federal

Mais de Brasil

Senado aprova fim de atenuante de idade para crimes de estupro

Maioria do STF vota para responsabilizar redes por conteúdo ilegal

Moraes formaliza pedido de extradição de Zambelli da Itália para cumprimento de pena