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Odebrecht diz que presidente vai falar apenas sobre bilhete

A defesa de Marcelo Odebrecht disse que o depoimento dele será relativo apenas ao bilhete escrito por ele para seus advogados


	Marcelo Odebrecht: empreiteiro foi preso por suspeita de envolvimento com o cartel de empreiteiras que assumiu o controle de contratos na Petrobras
 (REUTERS/Enrique Castro-Mendivil)

Marcelo Odebrecht: empreiteiro foi preso por suspeita de envolvimento com o cartel de empreiteiras que assumiu o controle de contratos na Petrobras (REUTERS/Enrique Castro-Mendivil)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 23h04.

São Paulo - A defesa de Marcelo Bahia Odebrecht informou que o depoimento do presidente da maior empreiteira do país, marcado para esta quinta, 16, será relativo 'apenas' ao bilhete escrito por ele para seus advogados.

O manuscrito foi copiado por agentes da Polícia Federal na manhã de 22 de junho na Custódia da Superintendência Regional da corporação em Curitiba - nele, estava escrito 'destruir e-mail sondas'.

Segundo nota divulgada pela defesa, via assessoria de imprensa, nesta quarta-feira, 15, "preso há 27 dias, Odebrecht ainda não foi ouvido sobre os motivos que levaram à decretação de sua prisão, nem há previsão para isso até o momento."

O empreiteiro foi preso em 19 de junho, por suspeita de envolvimento com o cartel de empreiteiras que assumiu o controle de contratos bilionários na Petrobras.

"Foi iniciativa da defesa de Marcelo comunicar ao juiz Sergio Moro o episódio ocorrido no dia 23 de junho na carceragem da Policia Federal de Curitiba", diz o texto divulgado pela assessoria do empreiteiro.

"Na ocasião, Marcelo Odebrecht entregou de boa-fé um bilhete a um agente da Polícia Federal para comunicação com seus advogados, que passa por triagem interna como medida de segurança, o que de fato aconteceu. Não procede, portanto, a informação de que o bilhete teria sido interceptado pelas autoridades."

Ainda segundo a nota divulgada nesta quarta, no dia 25 de junho "os advogados entregaram o bilhete original, cujo conteúdo apresentava os pontos a serem esclarecidos para impetração do habeas corpus do executivo, à seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná, uma vez que houve violação do sigilo funcional entre cliente e advogado e pediu providências à entidade"

A OAB-PR já informou ao juiz e à PF que o bilhete está custodiado na entidade.

"A Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de parecer do seu procurador nacional adjunto de Defesa das Prerrogativas, também considerou que a transcrição e divulgação do conteúdo do bilhete caracteriza desrespeito ao sigilo profissional dos advogados da empresa".

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