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Ocidente e árabes pedem renúncia de Kadafi

Os países da Otan, por sua vez, divergiram publicamente sobre a intensificação dos ataques aéreos para ajudar a derrubá-lo

Muammar Kadafi, ditador líbio: agência oficial chama coalizão de "cruzada colonialista" (Mahmud Turkia/AFP)

Muammar Kadafi, ditador líbio: agência oficial chama coalizão de "cruzada colonialista" (Mahmud Turkia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 21h35.

Doha / Trípoli - Um grupo reunindo potências do Ocidente e países do Oriente Médio pediu pela primeira vez nesta quarta-feira a renúncia do líder líbio, Muammar Gaddafi. Os países da Otan, por sua vez, divergiram publicamente sobre a intensificação dos ataques aéreos para ajudar a derrubá-lo.

Em uma vitória da Grã-Bretanha e da França, que lideram a campanha aérea na Líbia e pressionaram por um pedido inequívoco para a mudança no regime, o "grupo de contato" de cerca de 16 países da Europa e do Oriente Médio, mais a Organização das Nações Unidas (ONU), a Liga Árabe e a União Africana, disse que Gaddafi precisa deixar o poder.

"Gaddafi e o seu regime perderam toda a legitimidade e ele precisa deixar o poder, deixando que o povo líbio determine o seu futuro", diz uma declaração final obtida pela Reuters.

O grupo também disse que o conselho nacional dos rebeldes, "em contraste com o regime atual... é um interlocutor legítimo, representando as aspirações do povo líbio.

O teor do documento foi muito mais duro do que o da conferência anterior, de duas semanas atrás, e deu um apoio mais forte aos insurgentes que lutam para pôr fim ao governo de Gaddafi, que já dura 41 anos.

Participantes afirmaram que trabalharão para criar um mecanismo financeiro para ajudar os rebeldes a governar a região leste do país, controlada por eles.

O grupo pediu por um acordo político, a ser decidido pelo povo líbio, para pôr fim aos ataques contra os civis, e pela retirada das forças do governo das cidades que ocuparam ou sitiaram, incluindo a cidade de Misrata.

O grupo também concordou em fornecer "apoio material" aos rebeldes. Embora o comunicado não entre em detalhes, os diplomatas afirmaram que alguns países poderão interpretar isso como suprimento de armas - uma solicitação chave dos insurgentes.


O primeiro-ministro do Catar, o xeque Hamad bin Jassim al-Thani, disse a jornalistas que apoio material pode incluir "todas as outras necessidades, incluindo equipamento de defesa."

O Catar apóia o levante iniciado há um mês na Líbia, inspirado pelas revoltas populares que derrubaram os líderes dos países vizinhos Tunísia e Egito.

O grupo, que se reunirá novamente em maio, disse que trabalhará com o Conselho Nacional dos rebeldes para criar um mecanismo financeiro temporário.

"Os participantes concordaram que um mecanismo financeiro temporário poderá prover um método para o INC (Conselho Nacional Interino) e a comunidade internacional para gerir a receita para ajudar no curto prazo as necessidades financeiras e estruturais da Líbia".

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