Brasil

OCDE recomenda ao Brasil que aumente qualidade da educação

Organização considera que nível da educação básica no país é muito baixo e pediu ampliação das universidades

Segunda a OCDE, o nível de educação no Brasil precisa melhorar (Lailson Santos/EXAME.com)

Segunda a OCDE, o nível de educação no Brasil precisa melhorar (Lailson Santos/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 13h44.

Paris - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda que o Brasil tenha entre suas grandes prioridades a melhora da qualidade do sistema educacional, a maior eficiência dos mercados financeiros e a supressão de barreiras aos investimentos em infraestrutura.

Em seu relatório anual sobre as reformas estruturais publicado nesta quinta-feira, a OCDE aponta que os resultados dos estudantes brasileiros são "comparativamente baixos", quando se levam em conta os índices dos países desenvolvidos.

O organismo aconselhou ao Brasil "aumentar a qualidade da educação nos níveis primário e secundário", bem como ampliar os estudos universitários do país, que tem problemas de produtividade em relação ao mundo desenvolvido.

No que diz respeito à política econômica, os autores do estudo criticaram os "excessivos requerimentos" em termos de reservas para os bancos e provisões para a concessão de créditos que dificultam a eficiência econômica a longo prazo.

O estudo constata a necessidade de "assegurar tanto a estabilidade como o desenvolvimento dos mercados financeiros", assinalaram neste documento, que pela primeira vez analisa a situação de seis grandes países emergentes - Rússia, Brasil, África do Sul, China, Indonésia e Índia.

A OCDE lamentou que os programas de infraestrutura elaborados pelo Brasil no passado tenham sofrido atrasos em sua implementação e afirmou que as restrições ao comércio e aos investimentos afugentam os investidores privados.

Para mudar essa situação, é preciso reduzir os custos financeiros, os impostos sobre o capital nos investimentos produtivos e as despesas do setor público, sustenta o relatório.

O chamado "clube dos países desenvolvidos" reconheceu que o Brasil conseguiu reduzir a diferença de renda per capita em relação à metade mais rica dos membros da OCDE, mas constatou que esta distância "continua sendo grande", em grande medida pela baixa produtividade laboral, reflexo em parte de baixos investimentos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilEducaçãoreformas

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022