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OCDE prevê desaceleração da economia brasileira

Brasil parece caminhar para uma desaceleração das atividades: índice da OCDE caiu de 99 para 98,6

Brasil é a única das grandes economia que deve desacelerar atividade (Germando Lüders/EXAME.com)

Brasil é a única das grandes economia que deve desacelerar atividade (Germando Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 11h03.

São Paulo - O crescimento econômico global deve ganhar força nos próximos meses, sob a liderança de China, Estados Unidos, França e Japão, segundo o indicador antecedente composto da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O índice de atividade econômica subiu para 102,8 em novembro, ante os 102,6 de outubro, na terceira alta mensal consecutiva. Entre as grandes economias, apenas o Brasil parece caminhar para uma desaceleração das atividades, já que seu índice caiu de 99 para 98,6.

Segundo a OCDE, a sequência de alta do indicador antecedente composto global aponta para "um aumento no ritmo da expansão econômica", após um período no qual o crescimento parecia ter arrefecido. "Os indicadores antecedentes de China, EUA, França e Japão mostram claros sinais de uma aceleração na atividade econômica, enquanto o da Rússia aponta fortemente para uma expansão estável", disse a OCDE.

A organização acrescentou que os dados de Alemanha, Canadá, Itália, Reino Unido e Índia sinalizaram taxa estável de crescimento nos próximos meses. Tomados em conjunto, os indicadores sugerem que o crescimento do grupo dos sete países mais desenvolvidos vai se acelerar, assim como o crescimento nas cinco maiores economias em desenvolvimento da Ásia.

Os indicadores antecedentes da OCDE se destinam a fornecer sinais iniciais de viradas entre expansão e desaceleração da atividade econômica. Eles são baseados numa ampla variedade de séries estatísticas que, historicamente, têm apontado mudanças na atividade econômica. O dado de novembro deve alimentar o otimismo em relação à perspectiva para a economia global neste início de 2011.

Os números se seguem à divulgação, na quinta-feira, da pesquisa de dezembro junto a 11 mil gerentes de compra em empresas em 30 países, que indicou que a economia global cresceu em seu ritmo mais rápido desde abril. As informações são da Dow Jones.

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