Obra do Itaquerão é retomada após acidente: as obras estão previstas para serem entregues em março (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 08h22.
São Paulo - O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) vai gastar R$ 54,6 milhões a mais para concluir o complexo viário ao redor do Itaquerão, na zona leste de São Paulo.
A construção de duas avenidas e de um conjunto de viadutos para melhorar o acesso ao estádio que receberá a abertura da Copa saltará de R$ 257 milhões para R$ 311 milhões, alta de 21%. As obras estão previstas para serem entregues em março, três meses antes da partida entre Brasil e Croácia, no dia 12 de junho.
A estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) assinou o aditivo contratual com o Consórcio Viário Zona Leste, formado pelas construtoras OAS e S/A Paulista, no dia 29 de novembro.
O acréscimo, contudo, só foi publicado no Diário Oficial no último sábado, 7, junto com o aumento de R$ 115 milhões da duplicação dos 49 quilômetros no trecho de Planalto da Rodovia dos Tamoios, revelado pela reportagem na sexta-feira, 6.
As obras em Itaquera começaram em setembro de 2012. Na época, o governo comemorou um desconto de 27,8% entre a proposta feita pelo consórcio vencedor e o orçamento inicial do projeto, estimado em R$ 355 milhões. Com o reajuste contratual, a economia cai para 12,4%.
Segundo o Comitê Paulista da Copa, que acompanha o ritmo das obras vinculadas ao evento da Fifa, o complexo viário tinha 71% da construção executada no fim de novembro.
O valor reajustado corresponde apenas à primeira fase das obras, que prevê a construção de uma via ligando a Avenida Itaquera à Radial Leste, outra que fará a conexão com a Avenida Miguel Inácio Cury e viadutos sobre os trilhos da Linhas 3-Vermelha do Metrô e 11-Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além de adequações de acesso às duas estações em Itaquera.
Conta
Segundo o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, dos R$ 54,6 milhões adicionais, R$ 14,2 milhões correspondem a uma série de obras que eram de responsabilidade da Prefeitura e que a gestão Fernando Haddad (PT) pediu para o governo do Estado fazê-las.
"Nós assumimos uma série de obras que eram da Prefeitura, como a proteção dos dutos da Petrobrás e o remanejamento da rede elétrica da CPTM, e depois eles vão nos ressarcir."
Os outros R$ 40,4 milhões, informou o diretor, foram necessários por causa do aumento de materiais que serão demolidos. "Aumentou o volume de demolições e, consequentemente, o volume de material a ser depositado num bota-fora especial", afirmou Casagrande.
Na segunda fase, que teve início em abril deste ano, estão sendo construídas alças viárias que farão a ligação entre a Radial e a Avenida Jacu-Pêssego e uma passarela que ligará a parte norte de Itaquera ao futuro estádio do Corinthians. Destas, só a passarela deve ficar pronta até a Copa.
"A Prefeitura ainda não fez a desapropriação da área e, por isso, as alças estão em um ritmo mais lento", disse Casagrande. O custo inicial de todo o complexo era de R$ 478,2 milhões, dos quais R$ 132,3 milhões são de recursos da Prefeitura.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.