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Obama diz considerar Brasil como líder mundial, não regional

Obama afirmou que possui “plena confiança” e que tem tido um “excelente relacionamento” desde que a presidente Dilma tomou posse


	Dilma Rousseff durante reunião de trabalho com Barack Obama
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante reunião de trabalho com Barack Obama (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2015 às 17h23.

Brasília - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que encara o Brasil como um líder mundial, não apenas regional, e que as negociações globais sobre questões relevantes como economia, clima e combate ao terrorismo.

Ao fazer um pronunciamento à imprensa ao lado da presidente Dilma Rousseff, Obama afirmou que possui “plena confiança” e que tem tido um “excelente relacionamento” desde que ela tomou posse.

Após anunciarem o acordo bilateral entre Estados Unidos e Brasil em que se comprometem com maior participação de fontes renováveis em suas matrizes energéticas, os dois presidentes respondiam a perguntas de jornalistas, quando a questão foi dirigida à presidente.

A dúvida era como conciliar as visões de que o Brasil se vê como líder mundial, enquanto os EUA veem o país como um cenário regional. Na sua vez de responder, Obama fez questão de mencionar o assunto, dizendo que o Brasil é uma “potência mundial importante”.

“Nós encaramos Brasil como um poder mundial, não regional. Em termos de fórum econômico para coordenar relações e negociações, como o G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), por exemplo, o Brasil tem uma voz muito forte. A questão da mudança do clima só pode ser bem-sucedida se o Brasil liderar. Isso é indicação da liderança mundial do Brasil”, adiantou-se o presidente norte-americano.

Em sua resposta, Dilma Rousseff voltou a mencionar as semelhanças entre os dois países, e disse que assim como os EUA superaram a crise econômica iniciada em 2008 e 2009, o Brasil também vai “superar os efeitos que recaem agora sobre ele”.

De acordo com Obama, os EUA precisam de parceiros se quiserem sucesso também em questões como erradicação da miséria, luta contra pobreza extrema do mundo, e o Brasil é um deles.

“Como eu disse ontem à Dilma, os Estados Unidos, por mais poderosos que sejam, interessados como somos em resolver uma gama enorme de questões mundiais, não podemos fazer isso sozinhos”.

A presidente também respondeu a pergunta sobre o aparato de segurança, a ser montado pelo Brasil, nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016.

Ela disse ter certeza de que o país terá todas as condições de garantir segurança nos jogos, a exemplo do que ocorreu na Copa do Mundo em 2014.

“Nós levamos muito a sério a questão da segurança em grandes eventos. Temos experiência nessa área. No ano passado organizamos a Copa não apenas em uma cidade. Criando sistema efetivo de controle através dos centros operação monitoramento controle, tanto o deslocamento de esportistas quanto de autoridades, acompanhamos todos asseguramos toda segurança”.

Ao mencionar o cancelamento da viagem que faz nesta semana, e que estava marcada para 2013, quando vieram à tona denúncias de espionagem de cidadãos e autoridades brasileiras pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês), Dilma disse que “de lá pra cá algumas coisas mudaram”.

“O fato de que Obama e os Estados Unidos terem declarado em outras oportunidades que não haveria mais atos que seriam de intrusão em países amigos. Acredito em Obama, e ele me disse que se fosse o caso de ele precisar de alguma informação não pública sobre o Brasil, ele me telefonaria. Tenho certeza que as condições passaram a ser bastante diferentes agora”, declarou.

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