Comida congelada (ThinkStock)
Valéria Bretas
Publicado em 21 de julho de 2016 às 09h32.
Última atualização em 17 de março de 2017 às 11h32.
São Paulo – Nesta segunda-feira (18) a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e distribuição de um lote do extrato de tomate da marca Heinz. Foram encontrados pelos de ratos "acima do limite máximo de tolerância pela legislação vigente".
Mas o que significa "acima do limite permitido"? Desde 2014, a Anvisa estabelece alguns requisitos mínimos para a quantidade de “sujeira” tolerada em alimentos e bebidas.
No caso dos produtos derivados de tomate, como o do lote fabricado pela Heinz, é permitido um fragmento de pelo de roedor por 100g de produto. Mais do que isso, o lote é vetado e a empresa ainda pode ser interditada e obrigada a pagar uma multa entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão.
O laudo da Fundação Ezequiel Dias (LACEN-MG) — laboratório credenciado pela Agência — informa que foi detectada uma "matéria estranha" indicativa de risco à saúde humana no extrato de tomate.
A Heinz enviou uma nota a EXAME.com dizendo que o lote em questão já foi recolhido e que os produtos que estão no mercado são adequados ao consumo.
A empresa afirma que "a presença de fragmentos microscópicos é intrínseca a alimentos naturais como o tomate". Também diz que a acidez do produto e a alta temperatura no processo produtivo eliminam riscos à saúde.
A Anvisa também parece pensar assim, já que tolera diversas “matérias estranhas” em produtos como biscoitos e achocolatados. Entre elas, estão insetos, roedores, excrementos de animais, areia e fungos, aceitos dentro de certos limites. Até a Anvisa definir esses parâmetros, não havia regulamentação para os limites de tolerância.
Veja, no infográfico, alguns exemplos de "sujeiras" permitidas nos alimentos e bebidas. Abaixo também há a íntegra da resolução de 2014 e a tabela completa com indicações de quantidades permitidas para cada tipo de alimento. Começa na página 6.
Resolução - Agência Nacional de Vigilância Sanitária