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O que sabemos sobre o desastre das barragens em Minas Gerais

Barragem que se rompeu passava por obras, afirma Samarco

Desastre em Mariana: até agora está confirmada uma morte e 500 moradores de áreas afetadas resgatados pelo Corpo de Bombeiros (Ricardo Moraes/ Reuters)

Desastre em Mariana: até agora está confirmada uma morte e 500 moradores de áreas afetadas resgatados pelo Corpo de Bombeiros (Ricardo Moraes/ Reuters)

Raphael Martins

Raphael Martins

Publicado em 6 de novembro de 2015 às 18h14.

Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h45.

São Paulo – A semana que se encerra ficou marcada pelo desmoronamento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco nesta quinta-feira (5) no distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais. Mesmo com incessantes trabalhos de busca no município de Mariana, ainda não se sabe ao certo quais as causas, o número de mortos e de desaparecidos na tragédia.

O que há de confirmado é uma morte e 500 moradores de áreas afetadas resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Abalos sísmicos foram registrados na região, mas não foram confirmados como causa. Outra possibilidade é erro humano, já que a barragem passava por uma obra para aumentar a capacidade de uma das represas no momento do rompimento.

Até o final desta sexta-feira (6), 13 funcionários da Samarco estavam desaparecidos. Os Bombeiros chegaram a declarar que os desaparecidos no incidente poderiam ser dados como mortos.

As barragens tinham as certificações legais e garantias de estabilidade. De acordo com Ricardo Vescovi, presidente da empresa, foram vistoriadas por autoridades ambientais em julho de 2015 e os laudos foram emitidos em setembro.

O desmoronamento liberou 62 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de mineração. Santarém tinha 7 milhões de metros cúbicos, o total da capacidade. Fundão tinha 55 dos 60 milhões de metros cúbicos da capacidade total. Uma terceira está sendo investigada quanto a riscos de novo desmoronamento.

Os estragos chegaram até a cinco distritos vizinhos: Águas Claras, Ponte do Grama, Bento Rodrigues, Paracatu, Pedras. Até a cidade de Barra Longa, a 70 quilômetros do local foi atingida.

O último desastre do tipo mesmo tipo em Minas Gerais aconteceu em setembro de 2014. Foi o desmoronamento de uma barragem de mesmo tipo em Itabirito, região central do estado, de responsabilidade da Herculano Mineração. Três morreram e houve um ferido.

Veja no infográfico abaixo alguns números da Fundação Estadual do Meio Ambiente (MG) sobre barragens no estado e outros divulgados pela prefeitura de Mariana sobre o acidente.

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