O que os brasileiros pensam sobre 7 temas polêmicos
Aborto, maioridade penal, descriminalização do uso da maconha e até sexo antes do casamento - veja a opinião dos brasileiros sobre temas polêmicos
A opinião dos brasileiros sobre temas que dividem a sociedade (ThinkStock/BrianAJackson)
Rita Azevedo
Publicado em 21 de julho de 2015 às 06h01.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h37.
1. A opinião dos brasileiros sobre temas que dividem a sociedadezoom_out_map
1/9(ThinkStock/BrianAJackson)
São Paulo – Diante de assuntos controversos, uma parte considerável dos brasileiros tende a optar pela opinião mais conservadora sobre o assunto. Pelo menos é o que revelam várias pesquisas feitas nos últimos meses e compiladas por EXAME.com. Por exemplo, mesmo em casos de estupro, mais de 40% dos brasileiros reprovam o aborto, enquanto apenas um terço apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. . Navegue pelas fotos e veja a opinião dos brasileiros sobre outros temas que dividem a sociedade. Os dados foram retirados de estudos recentes feitos pela agência de pesquisas brasileira Hello Research e pelo instituto americano Pew Research Center.
2. 47% dos brasileiros não concordam com a descriminalização do uso da maconhazoom_out_map
2/9(Pablo Porciuncula/AFP)
Quase metade da população brasileira não é favorável à descriminalização do uso da maconha. Um quinto dela é totalmente favorável e 12% dos brasileiros se mostram indiferentes ao tema. A rejeição à proposta é maior entre pessoas com mais de 45 anos e moradores das regiões Norte e Centro-Oeste. Quando o assunto é a descriminalização do uso de outras drogas, como cocaína e crack, a rejeição é ainda maior – 57% dos brasileiros são totalmente contrários. Os dados fazem parte de uma pesquisa do instituto Hello Research feita em junho deste ano. A empresa ouviu mil pessoas de 70 cidades de todas as regiões do país em junho deste ano. A margem de erro é de três pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
3. Apenas um terço dos brasileiros é favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexozoom_out_map
3/9(Antoine Antoniol/Getty Images)
Um terço dos brasileiros entrevistados disseram ser favoráveis à união civil entre pessoas do mesmo sexo, mas quase metade da população ainda não concorda com o casamento de homossexuais. Para 21% dos brasileiros, o tema é indiferente. De acordo com o levantamento feito em junho deste ano pela Hello Research, as classes sociais D e E são ligeiramente menos favoráveis à bandeira LGBT. As regiões do país em que a união civil entre homossexuais é menos aceita são Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Nas três regiões, 62% da população das três regiões não concorda com a união de pessoas do mesmo sexo.
4. 80% dos brasileiros concordam com a redução da maioridade penalzoom_out_map
4/9(Marcello Casal Jr/ABr)
Oito em cada dez brasileiros acreditam que jovens de 16 anos devem responder criminalmente por seus atos. A redução da maioridade penal, tema debatido recentemente na Câmara dos Deputados, ganha maior apoio no Nordeste. Lá, 86% da população diz concordar com a redução. No Sudeste, esse percentual é de 82%. As regiões Norte e Centro-Oeste são as mais radicais: 96% querem que a maioridade penal passe de 18 para 14 anos. Os dados fazem parte de um levantamento feito pela Hello Research em junho deste ano. A pesquisa ouviu presencialmente mil pessoas com mais de 16 anos de todas as classes sociais em 70 cidades de todas as regiões do país.
5. 44% dos brasileiros não concordam com a legalização do aborto - mesmo em casos de estuprozoom_out_map
5/9(Philippe Huguen/AFP)
Apenas 15% dos brasileiros concordam com a legalização do aborto. Cerca de 70% dos entrevistados se posicionam contra a medida em qualquer situação. Nos casos de gravidez resultante de estupro, o resultado se divide – 44% são a favor do aborto e 44% são contra. As classes D e E são mais avessas à legalização (51% em casos de estupro e 75% em qualquer situação). Na subdivisão por idade, os mais jovens – de 25 a 34 anos – são mais favoráveis à medida, tanto para os casos de estupro (49%) quanto para qualquer situação (19%). Os dados fazem são da agência de pesquisas Hello Research. Para o levantamento, foram ouvidas mil pessoas de 70 cidades de todas as regiões do país.
6. Quase 85% dos brasileiros não toleram a traiçãozoom_out_map
6/9(thinkstock)
Para 84% dos brasileiros é inaceitável que uma pessoa casada tenha relações extraconjugais. A constatação faz parte de uma pesquisa recente feita pelo instituto Pew Research Center sobre questões morais. O posicionamento dos brasileiros sobre o tema é similar ao encontrado nos Estados Unidos, mas é mais conservador do que o da população de países como China, Argentina e França.
7. 64% dos brasileiros consideram os jogos de azar como inaceitáveiszoom_out_map
7/9(Thinkstock)
Dados do instituto Pew Research Center mostra que, para 64% dos brasileiros, os jogos de azar são inaceitáveis. No Paquistão, que aparece em primeiro lugar na lista de países com as posições mais conservadoras sobre o tema, 95% da população não aceita os jogos de azar. Na França, última colocada na mesma lista, 13% das pessoas veem os jogos como algo errado.
8. 35% dos brasileiros veem o sexo antes do casamento como algo inaceitávelzoom_out_map
8/9(Ibrakovic/ThinkStock)
Pouco mais de um terço da população considera inaceitável que pessoas façam sexo antes do casamento. Quase metade dos brasileiros considera aceitável e 14% da população acredita que essa não é uma questão moral. Os dados são de uma pesquisa recente feita pelo instituto Pew Research Center sobre questões morais. A mesma pesquisa mostra que na Indonésia, primeiro lugar na lista dos países com posições conservadoras sobre o tema, 97% da população veem o sexo entre adultos solteiros como algo errado. Na França, país mais liberal, 47% da população vê a questão do sexo antes do casamento como um tema que não deve ser discutido moralmente.
9. Veja,agora, a opinião de quem acredita que a política de drogas no país deve mudarzoom_out_map
Em encontro do Cosud, chefes estaduais assinaram carta com críticas ao texto apresentado pelo governo federal; anteriormente, Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina) recusaram convite para reunião sobre o tema