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O que explica o crescimento de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais

Pesquisa CNT/MDA mostra que o deputado aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto – atrás apenas do ex-presidente Lula

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)

O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 06h30.

Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 06h30.

São Paulo - A 134ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada na terça-feira (19) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) continua crescendo nas intenções de voto para as eleições de 2018.

De acordo com o levantamento, Bolsonaro aparece em segundo lugar – atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  – em todos os cenários testados. Segundo o CNT, o deputado teria hoje 10,9% das intenções de voto espontânea para presidente ante 6,5% na pesquisa anterior divulgada em fevereiro.

Na análise da consultoria Eurásia, a ascensão de Bolsonaro é um reflexo do crescente descontentamento dos brasileiros com a classe política. “Embora ele tenha estado no Congresso há mais de duas décadas, durante a maior parte desse tempo, Bolsonaro ficou longe do protagonismo devido suas visões políticas e a sua defesa enfática do regime militar no Brasil”, diz a consultoria.

Agora, em meio a um aumento do sentimento “anti establishment", o discurso de Bolsonaro conseguiu atingir parte do eleitorado. “Seu crescimento, portanto, é sintomático de um processo que vai conduzir as eleições do próximo ano. Os eleitores sabem só o que não querem”.

A partir de agora, segundo a Eurásia, as preferências dos eleitores sobre os candidatos dever mudar diante de eventuais mudanças na lista de possíveis aspirantes presidenciais.

Para a Eurasia, Bolsonaro se beneficia “não apenas do 'voto de protesto', mas também da falta de outras candidaturas”.  Com isso, como outros candidatos com o apelo, provavelmente, surgirão nos próximos meses, a vantagem do hoje deputado federal deve cair, afirma a consultoria. "Mas isso não quer dizer que seu desempenho vai passar despercebido”.

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