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O que depõe contra cada político investigado pela PF hoje

Veja o que os delatores acusaram os políticos que, hoje, foram alvo da Operação Politéia, que investiga políticos envolvidos na corrupção da Petrobras


	O senador Fernando Collor (PTB-AL)
 (Pedro França/Agência Senado)

O senador Fernando Collor (PTB-AL) (Pedro França/Agência Senado)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 15 de julho de 2015 às 17h03.

São Paulo - Cerca de 250 policiais federais distribuídos em seis estados participam hoje da Operação Politeia, a primeira fase da Operação Lava Jato voltada para a investigação de políticos suspeitos de envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, seis políticos foram alvo dos 53 mandados de busca e apreensão autorizados por ministros do Supremo Tribunal Federal. O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) está entre eles. As buscas acontecem em imóveis ligadas aos suspeitos. 

Batizada de Politeia, a operação de hoje faz referência ao livro "A República", de Platão, que descreve uma cidade perfeita, na qual a ética prevalece sobre a corrupção. 

Veja quais são as suspeitas contra os políticos que ficaram na mira da Polícia Federal hoje: 

Fernando Collor de Mello
Quem é: senador (PTB-AL)

Alberto Youssef afirma ter feito vários depósitos a Fernando Collor de Melo. Segundo o doleiro, os valores variavam entre 200 e 300 mil reais. Youssef também afirmou que o ex-presidente “tinha uma diretoria na BR Distribuidora”. Ele é acusado de ter recebido 3 milhões de reais oriundos de propina da BR Distribuidora.

Mário Negromonte
Quem é: Ex-ministro das Cidades (PP), atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia

Segundo Youssef, o ex-ministro das cidades recebia entre 250 mil e 300 mil reais mensais como pagamento do esquema. O dinheiro era entregue para Negromonte em Salvador e em Brasília. Após a morte de Janene, ele teria feito parte de um grupo que reduziu os repasses de propina para outros políticos do PP em benefício próprio. Diante disso, Ciro Nogueira e outros teriam se rebelado.

Ciro Nogueira
Quem é: senador (PP-PI)

Fez parte do grupo que se rebelou contra os líderes do PP que reduziram os repasses de propina para a bancada em benefício próprio. Participou de uma reunião com Paulo Roberto Costa no Rio de Janeiro (RJ) para determinar um novo operador para o esquema envolvendo a Petrobras e o PP. Youssef teria perdido o posto devido a atrasos no envio de propina ao partido. Segundo os delatores, Ciro Nogueira também teria sido um dos responsáveis pela distribuição da propina entre os políticos do PP. 

Fernando Bezerra Coelho
Quem é: Senador (PSB-PE)

Teria pedido 20 milhões de reais do esquema para a campanha de Eduardo Campos (PSB) ao governo de Pernambuco em 2010. Naquele momento, Bezerra Coelho era secretário de desenvolvimento do estado.

Eduardo da Fonte
Quem é: deputado federal (PP-PE)

Está entre os deputados da bancada do PP na Câmara que recebiam dinheiro oriundo do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo os delatores, os repasses variavam entre 30 mil a 150 mil reais por mês. Em 2011, participou de uma homenagem do PP a Paulo Roberto Costa em um restaurante em Brasília (DF).

É apontado como o mediador da negociação de repasse de 10 milhões de reais em propina para Sérgio Guerra, então presidente nacional do PSDB, com o objetivo de barrar as investigações de uma CPI sobre negócios ilícitos na Petrobras.

João Pizolatti
Quem é: e
x-deputado federal (PP) e secretário extraordinário de articulação institucional e promoção de investimentos de Roraima

É suspeito de fazer parte do grupo dos parlamentares do PP que faziam a “operacionalização do esquema de corrupção” da Petrobras. Em 2010, teria recebido 5,5 milhões de reais de dinheiro oriundo do esquema para a sua campanha eleitoral. 

* Atualizado no dia 15 para corrigir informações sobre a suspeita contra o senador Fernando Bezerra

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