Brasil

O que aconteceu durante acidente que matou turista no Beach Park

Segundo administração do parque, boia que carregava Ricardo Hill virou. Causas para o acidente ainda estão sendo investigadas

Atração Vainkará, do Beach Park, no Ceará (Reprodução/Facebook/Divulgação)

Atração Vainkará, do Beach Park, no Ceará (Reprodução/Facebook/Divulgação)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 18 de julho de 2018 às 14h47.

Última atualização em 18 de julho de 2018 às 14h53.

São Paulo — Segundo informações do Beach Park, onde o radialista Ricardo José Hilário da Silva morreu vítima de um acidente na última segunda-feira (16), a boia em que o turista estava ao descer no brinquedo Vainkará virou no percurso final da atração. A empresa nega que o equipamento tenha ultrapassado a barreira de contenção. 

Ricardo Hill, que trabalhava na Rádio Nova Brasil FM, caiu da boia e bateu a cabeça dentro do tubo. As outras três pessoas que dividiam o equipamento com ele também caíram, mas não tiveram ferimentos graves. 

De acordo com informações do G1, o peso máximo permitido na atração era de 320 quilos por boia. Juntos, segundo o site, os outros três turistas que acompanhavam Ricardo somavam 305 quilos.

Isso não significa, contudo, que o limite de peso tenha causado o acidente já que a perícia que apura as causas para o acidente ainda está em andamento.

Em nota, divulgada no final da tarde de ontem, o parque afirmou que sempre são realizados testes em todas as atrações antes de sua inauguração.

"Para o lançamento do Vainkará, que levou dois anos e meio para ser desenvolvido e instalado no parque, a empresa canadense ProSlide, fornecedora e desenvolvedora de atrações dos maiores parques aquáticos do mundo, realizou inúmeras descidas testes com uma equipe especializada enviada ao Brasil e autorizou o início da operação do equipamento", afirmou a administração do empreendimento.

Com custo de 15 milhões de reais, a atração tem 150 metros de percurso, o equivalente a uma altura de 18 andares e promete sensação de gravidade zero.

yt thumbnail

A expectativa do grupo era um aumento de 10% no faturamento para este ano. Em 2017, mais de 1 milhão de pessoas visitaram o parque, que tem 2,4 mil funcionários e 4 hotéis.

Outros casos

Esse não foi o primeiro acidente em um dos brinquedos do parque neste ano. Em janeiro deste ano, um grupo de turistas precisou furar as boias para escapar de um toboágua do brinquedo Arrepius.

Em nota, publicada no próprio site do TripAdvisor, o Beach Park confirmou o bloqueio no fluxo de boias no toboágua que levou à parada de alguns turistas na metade do caminho. Segundo o parque, “a interrupção foi solucionada em alguns minutos e não houve danos graves a clientes ou funcionários”. 

Em 2002, um menino de 7 anos também morreu nas dependências do parque vítima de afogamento no brinquedo Correnteza Encantada, um riacho com uma correnteza artificial. O parque foi condenado a pagar o equivalente a 300 salários mínimos em indenização à família da criança.

Acompanhe tudo sobre:Beach ParkCearáMortesParques de diversões

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe