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O que a comitiva do chefe de sanções dos EUA fará no Brasil?

A delegação será chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Segundo auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro, o funcionário de Trump deve encontrar o brasileiro

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 5 de maio de 2025 às 12h23.

Última atualização em 5 de maio de 2025 às 13h41.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará nos próximos dias uma delegação a Brasília para realizar uma série de reuniões bilaterais. A informação foi confirmada pela assessoria de Imprensa da embaixada dos EUA nesta segunda-feira, 5.

A delegação será chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. A visita, de acordo com a embaixada, terá como foco reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.

Essa será a primeira visita ao Brasil de Gamble desde o início do governo Donald Trump.

Questionada sobre as agendas, a embaixada americana não retornou sobre o tamanho da comitiva e com quais órgãos brasileiros irá se reunir.

A EXAME procurou o Ministério das Relações Exteriores (MRE) para questionar sobre prováveis agendas, mas não teve retorno até a publicação dessa reportagem.

Coordenador de Sanções de Trump vai encontrar Bolsonaro?

Ao mesmo tempo, passou a circular informações sobre um possível encontro de Gamble com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Trump.

Segundo auxiliares de Bolsonaro ouvidos pela EXAME, os detalhes do encontro estão sendo finalizados, como dia e horário. A expectativa é que o encontro ocorra na tarde desta segunda. O ex-presidente recebeu alta hospitalar no último domingo após precisar de mais uma cirurgia para tratar de uma obstrução parcial do intestino.

O deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que mora nos Estados Unidos, compartilhou uma publicação em seu perfil do X indicando que o funcionário de Trump vai encontrar o ex-presidente e o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Aliados de Bolsonaro defendem que o governo americano discuta a possibilidade de sanções contra autoridades brasileiras que “limitam a liberdade de expressão a jornalistas e a políticos de direita”.

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