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O perfil das vítimas de assassinato no Brasil

Projeção do Atlas da Violência do Ipea revela que Alagoas é o estado mais violento do Brasil. Veja mais detalhes no infográfico.


	Homicídio no Brasil: em 2014, quase 60 mil pessoas foram assassinadas no país
 (Getty Images)

Homicídio no Brasil: em 2014, quase 60 mil pessoas foram assassinadas no país (Getty Images)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 24 de março de 2016 às 11h13.

São Paulo – De acordo com a projeção do Atlas da Violência 2016, do Ipea,  o Alagoas é o estado mais violento do Brasil. 

O estudo, feito com base em dados de 2014, indica que de cada 100 mil alagoenses, 63 foram mortos no período. Dez anos antes, a taxa de assassinatos no estado era de 33,9 mortes a cada grupo de 100 mil – o que revela um aumento de 85,8% em uma década.

O estado não está sozinho no pico de violência. Segundo o levantamento, a evolução de homicídios ao longo de dez anos no Brasil foi expressiva. “Desde 2004, enquanto oito unidades federativas lograram diminuição em suas taxas, em outros seis estados o aumento das taxas foi superior a 100%”, diz o relatório. 

Já a proporção nacional de óbitos por homicídio é mais frequente na faixa etária de 15 a 19 anos, diz o levantamento do Ipea feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Na análise do Instituto, existe uma forte relação entre a escolaridade dos jovens indivíduos e o número de assassinatos. “O indivíduo com até sete anos de estudo possui 10,9 vezes mais chances de ser assassinado no Brasil do que outro indivíduo com o nível superior”, descreve o texto. 

Para o Ipea, o investimento em educação é o melhor escudo contra os homicídios no país. 

Entre os adolescentes, a taxa de homicídios é de 37,5 jovens mortos para cada 100 mil em 2014 - um aumento de 18% com relação a 2004. 

Alagoas também é líder no ranking com maior número de negros mortos no país: são 82,5 pessoas mortas a cada 100 mil. “Justo na terra de Zumbi dos Palmares, para cada não negro assassinado, outros 10,6 negros eram mortos, em 2014”, diz o estudo. 

Veja mais detalhes no infográfico abaixo.

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