Brasil

O nós contra eles não pode prevalecer, diz Temer

De acordo com Temer há um emocionalismo no Brasil hoje

Temer: "é inadmissível que brasileiros se joguem contra brasileiros", afirmou o presidente (Paulo Whitaker/Reuters)

Temer: "é inadmissível que brasileiros se joguem contra brasileiros", afirmou o presidente (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 14h56.

São Paulo - O presidente Michel Temer voltou nesta segunda-feira, 7, ao mesmo discurso de conciliação e pacificação da sociedade brasileira que preconizava antes de assumir a Presidência da República. O tom conciliador e pacificador de Temer veio carregado de simbologias por ter sido feito na Prefeitura de São Paulo, diante do prefeito, João Doria, eleito pelo PSDB - um dos principais partidos da base aliada, mas que se encontra dividido quanto a permanência ou desembarque do governo de Temer.

O presidente, que participou nesta segunda de cerimônia de assinatura do protocolo que transfere à administração municipal o Campo de Marte, na zona norte da capital, não poupou afagos ao prefeito Dória, a quem chamou de amigo e companheiro. "Tenho orgulho de me equiparar às atitudes do meu amigo Doria, de tomar atitudes paralisadas há anos", disse o peemedebista ao se referir ao acordo entre União e Prefeitura que viabilizou o repasse do Campo de Marte à administração municipal, pondo fim a uma demanda judicial de mais de 60 anos.

"A federação real há que prestigiar Estados e municípios e, graças a Deus, temos feito isso", disse o presidente, acrescentando que desde sua posse tem falado que o Brasil tem uma federação capenga e não real.

De acordo com Temer há um emocionalismo no Brasil hoje. Na sua avaliação, se os governos federal e municipal paulista se pautassem por ele, o ato de hoje não teria acontecido. "Precisamos conciliar soluções. Vejo o Doria trabalhar com conciliação, sempre agregando e somando. É inadmissível que brasileiros se joguem contra brasileiros. O nós contra eles não pode prevalecer", disse Temer.

Se o presidente foi só elogios a Doria, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) foi diferente. Ao se referir à negociação das dívidas com os Estados, Temer lembrou que o Estado de São Paulo recebeu mais que os R$ 3 bilhões que deveria pagar à União. À época, o governador demonstrou insatisfação com a renegociação. "No caso dos Estados, fizemos renegociação de suas dívidas. Quando isentamos os Estados, São Paulo recebeu mais de R$ 3 bilhões que deveria pagar à União", disse o presidente.

Temer permanece nesta segunda-feira em São Paulo e na terça-feira, dia 8, participará de dois eventos na capital paulista.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerJoão Doria JúniorMichel TemerPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pde sofrer após indiciamento de Valdermar

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua