Armas de fogo: cerca de 133 mil vidas foram poupadas graças às medidas mais rígidas propostas pelo Estatuto do Desarmamento (Bytmonas/ThinkStock)
Talita Abrantes
Publicado em 12 de setembro de 2016 às 14h48.
São Paulo – Mais de um milhão de pessoas foram vítimas de armas de fogo no país nos últimos 34 anos. Só em 2014, foram mais de 40 mil assassinatos do tipo, segundo dados do Mapa da Violência 2016, divulgado recentemente.
Na última década, o número de casos na região Nordeste deu um salto e passou de 16 mortes para cada 100 mil habitantes, em 1980, para uma taxa de 32,8 homicídios por 100 mil pessoas.
A região concentra também os estados e cidades mais violentos do país. Em Alagoas, a taxa proporção de assassinatos foi de 56,1 para cada 100 mil habitantes. No extremo oposto está Santa Catarina com uma taxa de mortes por armas de fogo de 7,5 por 100 mil.
O estudo revela que, por outro lado, a promulgação do Estatuto do Desarmamento amenizou a escalada do número de homicídios na última década.
Nos primeiros 23 anos da série histórica, a taxa média de crescimento dos assassinatos era de 8,1% ao ano. A partir de 2004 — quando a lei entrou em vigor — até 2014, a taxa de mortes por armas de fogo caiu para 2,2% ao ano, de acordo com o estudo.
A estimativa é de que cerca de 133 mil vidas foram poupadas graças às medidas mais rígidas propostas pelo Estatuto do Desarmamento.