O então presidente Lula se encontra com o governador Eduardo Campos em uma foto de junho de 2010 (Ricardo Stuckert/PR)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 18h12.
Recife - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou nesta quarta-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é exemplo de que "forças políticas podem perseguir objetivos comuns com candidatos diferentes", ao comentar, por meio de nota, declaração dele feita nesta terça-feira, 13, em Brasília. Lula disse respeitar uma eventual candidatura de Campos a presidente da República, mas que gostaria de conversar com ele antes de uma definição, visando tê-lo no projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. "O presidente Lula sabe que as forças políticas podem perseguir objetivos comuns tendo cada um seu candidato", afirmou. "A trajetória dele comprova isso, o importante é haver o respeito."
Sobre o convite do ex-presidente para uma conversa, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB observou que "conversar com o presidente Lula não é notícia". "Sempre que precisamos, a gente conversa", afirmou, ao pregar mais diálogo entre as forças políticas. "Aliás, o que está faltando é o Brasil conversar mais", disse. "Se as forças políticas dialogassem mais, quem sairia ganhando seria o Brasil."
Campos preferiu, no entanto, manter o costumeiro discurso de não antecipar o debate sobre a eleição presidencial. "A decisão do PSB é só debater 2014 em 2014. Estamos convencidos de que a antecipação do debate eleitoral não é boa. Dissemos isso há muito tempo, e a realidade está nos dando razão."
Na nota, o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido disse "ter ficado muito feliz com as referências elogiosas e o reconhecimento que ele (Lula) faz ao nosso trabalho e à relação de amizade que mantemos há muitos anos". O ex-presidente negou, em declaração antes do lançamento da candidatura do presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), à reeleição na legenda, que Campos tenha sido "ingrato" diante da movimentação para deixar a base aliada para se lançar na disputa ao governo federal. Lula defende, porém, que ele e Campos estejam juntos. "O Brasil precisa que estejamos juntos", disse.