Brasil

O impasse em torno da posse de Cristiane Brasil continua

ÀS SETE - Na noite de ontem, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região rejeitou pedidos feitos em duas ações que tentavam garantir a posse da nova ministra

Cristiane Brasil: ordem liminar impede a posse da deputada por ofensa à “moralidade administrativa” (Ananda Borgea/Divulgação)

Cristiane Brasil: ordem liminar impede a posse da deputada por ofensa à “moralidade administrativa” (Ananda Borgea/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 07h01.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 07h36.

A quinta-feira será de intensa movimentação jurídica no Planalto. O governo prepara recurso ao Supremo Tribunal Federal para tentar garantir a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho.

Na noite de ontem, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região rejeitou pedidos feitos em duas ações que tentavam garantir a sua posse, que estava marcada para terça-feira 9, e não ocorreu por causa de uma decisão da Justiça Federal de Niterói (RJ).

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Inflação nos países desenvolvidos acelera; ruim para o Brasil
No Rio Grande do Norte, acabou a greve, mas não os problemas
Na Alemanha, governo de Merkel procura qualquer coalizão

Os dois pedidos para garantir a posse – da AGU e de Cristiane Brasil – foram negados pelo juiz Vladimir Santos Vitovsky, em caráter liminar (provisório), sem análise de mérito.

A decisão pode ser contestada pelas partes – nesse caso, a 7ª Turma do TRF2, composta por três desembargadores, vai decidir a questão.

A ordem liminar impede a posse da deputada por ofensa à “moralidade administrativa”. Ela já foi condenada em uma ação trabalhista e fechou acordo em outra. Em ambos os casos, desrespeitou direitos trabalhistas de seus funcionários.

Em condições normais, a situação seria de fácil solução: bastaria ao Planalto nomear outro ministro. A prerrogativa de escolher seus ministros, afinal, é do executivo.

Mas não no Brasil, e menos ainda no governo Temer, que depende do Congresso para aprovar a única grande pauta na agenda de 2018: a reforma da Previdência, que, se tudo der certo, deve começar a ser votada no dia 19 de fevereiro na Câmara.

Nesta situação, resta ao Planalto torcer para que a cúpula do PTB reveja a indicação de Cristiane para o cargo. O presidente Michel Temer também não quer se desgastar com o partido de olho numa possível aliança visando as eleições de 2018.

No Supremo, a decisão sobre o recurso preparada pelo governo ficaria com a presidente da corte, a ministra Cármen Lúcia, que trabalha em esquema de plantão no mês de janeiro, durante o recesso da corte.

As chances de vitória do governo ficam menores nestas condições. O impasse, portante, não tem data para terminar.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeGoverno TemerJustiçaMinistério do TrabalhoPolítica

Mais de Brasil

Bolsonaro segue na UTI em 'estabilidade clínica e sem dor', diz boletim médico

Quando vai fazer frio intenso no Brasil novamente? Veja previsão

Entenda os impactos da decisão do STF que suspendeu processos de 'pejotização', incluindo MEIs

Bolsonaro tem 'boa evolução clinica' e está sem dor, diz boletim médico